Como um construtor francês a Renault tinha que ir grande ou ir para casa - e sinceramente não desapontou: tinha o maior expositor e o mais interessante - parecia um conjunto de colinas com a iluminação que ia alterando de tom e aqueles candeeiros iam subindo e descendo ao longo do dia. Definitivamente muito funky!
O expositor estava por temas e o primeiro que encontrei foi a zona dos eléctricos ZE com o concept Renault EOLAB em destaque.
Tal como o Citroen C4 Cactus 2l e o Peugeot 208 FE, o EOLAB é a resposta ao desafio do governo françes para que se construa um automóvel de baixo consumo. E o resultado foram vários concentrados de todos os truques e tecnologias ao dispor do construtor.
Este concept pesa apenas 955 quilogramas (que são menos 400 quilos que o Clio), a aerodinamica é muito trabalhada e activa (varia com a velocidade e necessidade de arrefecer o motor) e debaixo do capot esconde-se uma mecânica híbrida muito avançada.
Neste caso é uma combinação muito interessante - um motor de 3 cilindros de 1 litro a gasolina com 75 cavalos acoplado a um motor eléctrico de 55 cavalos que está integrado na caixa de 3 velocidades que transmite a potência às rodas dianteiras.
Pelo que me explicaram as 2 primeiras velocidades são exclusivas do motor eléctrico e a terceira para o motor de combustão, e é a electrónica que decide entre modo 100% eléctrico e híbrido - o motor eléctrico está sempre em uso pelos vistos. A bateria é carregada pela tomada eléctrica ou travagem/desaceleração.
É um concept e como tal nunca irá chegar à estrada mas muitas das tecnologias vão de certeza chegar à produção em série - aposto neste sistema híbrido plug-in e olhem bem para este designe porque aposto que anuncia muito do próximo Megane.
Em torno do EOLAB tínhamos o Renault Twizy (por um momento pensei que tinham roubado o meu) que atraia sorrisos de miúdos e graúdos - e creio que consegui vender um à Renault.
Porque é que aquela luz azul por debaixo do Twizy não faz parte dos opcionais?!
E o ZOE também recebia muita atenção e numa curta visita aos bastidores do expositor da Renault assisti à venda de vários ZOE's.
Mas no topo de uma das colinas estava um dos automóveis que estava mais curioso por ver - a nova Renault Espace.
A minha opinião sobre os monovolumes é conhecida - deviam vir com uma t-shirt a dizer "Já cumpri o meu dever biológico". E devido a isso têm perdido mercado principalmente para os SUV's, para combater este problema a Renault tenta algo de novo com a nova Espace: transforma-la num crossover, ou seja, tem elementos de SUV, monovolume e sedan.
E sinceramente creio que acertaram na mouche (mosca em francês) porque parece uma nave espacial.
O comprimento, seja 5 ou 7 lugares, é o mesmo da antiga Grand Espace mas ao cortarem na altura parece muito mais dinâmica, menos mãezinha.
O interior é confortável, luminoso e modular se bem que não tanto quanto antes. Sim, era uma seca ter que andar a tirar e por aqueles bancos que eram pesados e agora escondem-se no fundo - mas os bancos parecem ser mais pequenos e é complicado chegar à ultima fila de bancos se fores mais que um teenager.
Mesmo assim, a posição de condução é de um piloto de uma nave espacial, com a consola flutuante que embarca o enorme ecrã central e a manete de velocidades de aviação...simplesmente um belo sitio para se estar.
Será este o futuro dos monovolumes? Bem, é muito mais elegante que a anterior Espace e sinceramente, olhando para ela não consigo fazer colar a T-shirt "Fiz o meu dever biológico e estou à espera de morrer". Touché Renault.
É também mecânicamente importante porque é o primeiro automóvel da Renault com a plataforma modular CFM1, se bem que só o próximo Megane é que deve arrancar em força com esta plataforma.
Na "colina em frente" estava a outra estrela da Renault, o novo Twingo - e mortinho por o conhecer attravessei o vale que nos separava...com uma paragem pelo Renault Sport RS 01.
Ira substituir o Megane no World Series by Renault e muitos, eu incluido, acreditam que possa vir a inspirar o Alpine que a Renault estuda recuperar.
Ira substituir o Megane no World Series by Renault e muitos, eu incluido, acreditam que possa vir a inspirar o Alpine que a Renault estuda recuperar.
E enfim, face a face com o novo Renault Twingo - a primeria geração foi revolucionaria, a segunda desapontou mas esta terceira trás o Twingo de volta à ribalta não só pelo aspecto exterior muito bem conseguido e divertido mas também pelo adoptar do motor e traseira que promete mais manobrabilidade e espaço interior.
E numa palavra - adoravel. Como meterem cada roda num canto e extermidades curtas dão ao Twingo um ar diferente, irreverente, adoravel.
De repente os VW UP!, C1's, 108 e i10 parecem sem sal. E isto antes de entrar nas possibilidades de personalização.
O interior é moderno se bem que os plasticos parecem um pouco pobres, menos robustos - por exemplo o suporte do telemovel no tablier de alguns modelos para o ligar parece fragil e aquelas pegas das portas traseiras são fracas.
A posição de condução é elevada, o que ajuda na visibilidade (optimo para os estacionamentos apertados) e na sensação de confiança ao condutor.
Não gostei dos acentos com os enconstos de cabeça incluidos que são acima detudo, tal como as janelas traseiras de abrir a compasso, uma medida economica que simplifica a estrutura dos acentos - algo já comum nos Twizy e ZOE. Sentado atrás é dificil de ver o que se passa à frente ou de ter um pouco de ar fresco - e não, não há saida de ventilação para os lugares traseiros que compensem.
Há vários arrumos um pouco por todo o lado, incluindo um porta-luvas que duplica como bolsa de transporte.
A piece de resistance era porém o facto do motor estar atrás, por debaixo da mala - e para exibir isso mesmo vários modelos em exposição tinham a tampa separadora removida permitindo uma visão do trabalho de colocar um motor nessa posição.
É uma escolha inteligente - permite colocar as 4 rodas nas extremidades e um maior angulo de brecagem o que é optimo para a cidade, e ao mesmo tempo oferecer uma grande capacidade interior. Nunca senti tanto espaço no que é um mini-automovel - sinceramente, tenho que tirar o chapeu à Renault porque para este tipo de automoveis é o arranjo que faz mais sentido. Este Twingo é mais pequeno que o anterior e tem mais espaço interior!
Não sei se será bom na estrada aberta, mas para andar dentro da cidade parece dinamite.
O motor está montado inclinado e apesar da mala ser mais alta a tampa da mala abre até ao fundo da mala o que facilita colocar as compras na mala. É plana e regular o que significa que apesar de mais pequena é utilizavel.
E é possivel dobrar os bancos traseiros para aumentar a capacidade - infelizmente não é possivel deslizar o banco traseiro para variar a capacidade da mala.
E sim, continua a ser estranho a forma como a Renault permite abastecer o liquido do limpa para-brisas. Parece que fizeram de proposito para complicar algo simples...
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