A União Europeia chegou a um compromisso para novas e mais restritas regras de emissões de CO2 para todos os automóveis novos vendidos na Europa apartir de 2020, faltando apenas a assinatura dos países membros: 95 gramas de CO2 por quilometro. Algo que classificam como uma vantagem para todos - ambiente, consumidores (porque afinal implica consumos mais baixos) e mais empregos (não sei bem de onde vêm mas é o que os políticos dizem portanto deve ser verdade).
95g CO2 por quilometro (basicamente as emissões de um Toyota Prius) é um alvo apertado para cumprir - provavelmente não muito difícil para construtores que tenham principalmente motores pequenos (Peugeot, Fiat, etc), mas mais dificil para as marcas alemãs como BMW, Porsche e Mercedes tendo em conta os seus modelos de alta performance.
Claro que de um lado temos a necessidade de reduzir emissões e do outro a assegurar os frágeis empregos da industria automóvel europeia (numa era em que as vendas estão em queda livre, investir em tecnologias caras que depois não podem ser compensadas com vendas é suicídio).
E neste ultimo grupo temos os alemães que afirmam que a produção de automóveis de baixas emissões não compensa e apesar de ter proposto a troca super-créditos (permite ao construtor fabricar modelos mais poluentes desde que produção também modelos com emissões muito mais baixas) foi negada.
A Irlanda conseguiu sentar todas as partes à mesa e chegar a um acordo que permitirá aos construtores esse mesmo descontar da venda de veículos não poluentes pelos mais poluentes, mas o acordo não satisfez a Alemanha que pelos vistos quer agora simplesmente acabar com o limite de emissões previsto para 2020. Angela Merkel diz que se opõem a estas limitações de CO2 porque receia custar empregos na industria automóvel alemã. Além da Alemanha, outros países juntaram-se ao lado da oposição bloqueando para já este voto, mantendo-se assim apenas o limite de emissões de CO2 médias de 130 g/km para 2015.
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