Avarias com Adblue

Será que temos um sucessor ao Dieselgate? As associações UFC Que Choisir (França), Altroconsumo (Itália), Testachats/Testaankoop (Bélgica) e OCU (Espanha) dizem que sim e o novo "escândalo" é que o Adblue possa ser responsável por inúmeras avarias principalmente em viaturas produzidas após 2013.

Para quem não sabe o Adblue é utilizado em motores diesel e ao ser injetado nos catalisadores reduz a quantidade de certos poluentes, particularmente os óxidos de azoto. Este fluido é armazenado num deposito especial e tem uma sonda que controla o nível. O condutor recebe um aviso quando o nível do Adblue está baixo e se estiver a acabar a viatura é imobilizada/bloqueada. Em qualquer das situações bastaria abastecer o depósito e tudo volta ao normal...certo?

Entram em cena as mais de 4.000 reclamações de consumidores europeus (se bem que as associações que apresentaram queixa são de apenas frança, Bélgica e Itália).

Segundo estes grupos os construtores não levaram em conta a degradação/cristalização do Adblue e o seu comportamento a baixas temperaturas que causa a degradação da sonda de nível do deposito deste fluido: o seu carro até pode ter Adblue mas a sonda indica que esta vazio ou simplesmente não funciona. E qualquer que seja o cenário fica com o carro parado e tem que ir à oficina onde mais más noticias o esperam.

Apesar de referirem que este problema pode afetar outras marcas parece que os problemas ocorrem principalmente em motores diesel 1.6 HDi e 1.5 BlueHDi da Peugeot (208, 308, 508, 2008, 3008, 5008) e Citroen (C4 Cactus, C4 Aircross, C4 Picasso, C3 HDI, C3 Aircross).

Infelizmente nestas viaturas, a sonda esta incorporada no depósito e para resolver o problema é obrigado a substituir ambos - algo que custa entre 1.200 e 1.500 euros. Para esfregar sal na ferida a sonda é coberta pela garantia, mas o deposito não é coberto pela garantia (aparentemente mesmo que tenha garantia alargada) e como a sonda vem incorporada no depósito o consumidor não tem outra escolha se não pagar. As marcas oferecem comparticipações na reparação mas aparentemente apenas se a viatura tiver menos de 7 anos.

A UFC apresentou queixa na comissão europeia e na Organização Europeia de Consumidores para que este problema seja investigado.

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