CarlosGate - ponto de situação 02-07-2019

Mais um apanhado das noticias ligadas ao CarlosGate, e para seguir este tópico basta clicar na tag respetiva - ficam abaixo os principais desenvolvimentos como sempre sem tretas, conservantes ou adoçantes acrescentados.


Fisco francês atrás de Ghosn
Segundo o jornal Liberation o fisco francês está a investigar o ex-CEO da Renault-Nissan Carlos Ghosn - particularmente despesas suspeitas de 11 milhões de euros quando este geria a Renault e Nissan.


Goshn investiu em Goshn
Nova acusação de enriquecimento ilícito - segundo a justiça japonesa uma empresa de investimentos libanesa controlada por Carlos Ghosn terá recebido cerca de 3 milhões de euros da Renault via um distribuidor automóvel em Oman. Se isto soa familiar tem razão - Carlos Ghosn já foi acusado de desviar (para o seu bolso) dinheiro da Nissan via um distribuidor automóvel em Oman.


CEO da Nissan mantêm-se
Parece as relações entre Renault e Nissan vão continuar tensas - o CEO da Nissan Hiroto Saikawa foi reconduzido no cargo, apesar dos esforços da Renault em retirar Saikawa do cargo, que disse continuar decidido em lutar por uma aliança mais equilibrada. A Renault tentou, via terceiros, pressionar para que os accionistas não votassem em Saikawa mas não correu conforme o plano. Isto parece cada vez mais um caso de 2 empresas que têm muito para partilhar/dar, mas os "jogadores" são incapazes de jogar em equipa.

Saikawa disse que continuará a reforma da Nissan para melhor a governância do construtor japonês (uma nova direção de maioria diretores independentes, comités separados para vigiar a nomeação de executivos, remuneração de executivos e auditoria corporativa) e também que dará inicio (não especificou calendários) ao processo de procura do seu sucessor, nas suas palavras "um novo líder para uma nova Nissan".


Recuperar acordo FCA-Renault depende da Nissan e França
Apesar do falhanço inicial a verdade é que a fusão entre Renault e FCA não está completamente enterrada: ainda decorrem tentativas de ambas as partes para recomeçar negociações - mas há pelos vistos 2 grandes obstáculos.

Para a Fiat Chrysler Automobiles o problema são as "condições politicas em frança", ou seja, o governo frances tem que abrir mão de uma parte substancial dos 15% que detem da Renault.

Para a Renault e estado francês (via o ministro da economia Le Maire) reparar a aliança com a Nissan será prioritário, ou seja, querem que a Nissan vote a favor mesmo que o seu voto não seja decisivo ou necessário.

Le Maire já tinha dito à Agence France-Presse que o estado podia considerar reduzir a sua participação na Renault se isso ajudasse a reparar a aliança com a Nissan.


Mas aliança Renault-Nissan a desfazer-se
Segundo o jornal Financial Times várias funções/actividades conjuntas da aliança Renault-Nissan estão a ser desativadas - áreas de comerciais ligeiros, vendas e marketing, e comunicações estão a despedir pessoal.

Em 2018 Carlos Goshn definiu lideres/gestores para convergir compras, engenharia e produção, e equipas para coordenar qualidade, assistência pós-venda e desenvolvimento de negócios para atingir um objetivo de 10 mil milhões de euros até 2022. A unidade de veículos comerciais ligeiros já data de 2017. Mas com a queda de Ghosn, segundo o FT, algumas destas funções estão a fechar, outras simplesmente ignoradas.

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