Recentemente escrevi sobre a tecnologia automóvel, em particular sobre os automóveis autónomos e quais são os seus problemas e limitações. Na altura referi que o seu maior problema: a questão da culpa. Se há algo importante na sociedade humana (e esposas), é ter sempre alguém a quem apontar o dedo. Imaginemos que um automóvel autónomo tem um acidente - de quem é a culpa? Onde acaba a condução autónoma e a condução humana? Tirando defeito sério de produção, como as infames ignições da GM, os construtores não podem ser responsabilizados pelos danos causados pelos seus automóveis - a velha máxima do "uma arma não mata ninguém, pessoas matam pessoas". Uma coisa é certa: nenhum automóvel autónomo vai para a estrada até os construtores conseguirem garantias que não são responsabilizados por qualquer acidente que o automóvel possa ter independentemente de quem estiver "ao volante". E isso vai ser muito difícil de conseguir...aparentemente não pelos vistos.
É que pelos vistos a Volvo, Mercedes e Google confiam tanto na sua tecnologia que aceitam responsabilidade pelos seus automóveis autónomos - se o acidente foi causado pelo sistema tecnológico, o que poderá ser um pouco difícil de provar.
Mas o desenvolvimento continua e a maior experiência vem já aí - a Volvo anunciou que em 2017 vai "emprestar" 100 XC90 autónomos a famílias na cidade de Gotemburgo. Vamos lá ver como corre...
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