Já tínhamos aqui noticiado que se quer um Renault ZOE terá de instalar um ponto de carga em sua casa (Wallbox) porque não será possível carregar na vulgar tomada de 220 volts. Ciente deste ponto a Renault esta a oferecer em Inglaterra a Wallbox com cada compra do Renault ZOE.
Esta oferta é suportada em parte pelo governo britânico, que entra com 75% do custo e a Renault com os restantes 25%. A esta oferta há que ainda acrescentar o incentivo de 5.000 libras à compra de veículos eléctricos o que coloca o ZOE ao mesmo nível de um pequeno diesel e ainda acesso grátis à rede publica de carregadores rápidos no Reino Unido. Basicamente, estão a seguir os mesmos passos da Noruega.
Estas Wallbox's permitem a carga completa em 3 horas e meia (para ponto de referência o meu Twizy demora as mesmas 3,5 horas numa tomada de 220 volts normal mas a bateria é muito mais pequena) e ao comunicarem com o automóvel é possível ao condutor comparar diretamente os consumos/custos de eletricidade vs combustíveis normais. Nos carregadores rápidos exteriores (normalmente de 43kW) é possível carregar o ZOE em 30 minutos.
«Esta oferta é suportada em parte pelo governo britânico, que entra com 75% do custo e a Renault com os restantes 25%. A esta oferta há que ainda acrescentar o incentivo de 5.000 libras à compra de veículos eléctricos»
Lá está o povo, agora os britânicos (mesmo aqueles que não têm automóveis de qualquer tipo quanto mais um eléctrico!), a financiar (mais uma vez) os fabricantes e os orgulhosos novos donos de mais um "electricozinho"... em nome de uma política ambiental que só interessa a uma minúscula minoria que assim se vai aproveitando da "mina de ouro".
Já agora, convém esclarecer que não tenho nada contra os automóveis eléctricos em si (daqui por 100 anos terão um motor eléctrico em cada roda e as baterias farão parte da estrutura e os automóveis a motor de combustão estarão nas mãos de coleccionadores, museus e poucas mais pessoas) nem contra estes orgulhosos novos donos que referi, muito pelo contrário, até porque a esmagadora maioria deles são levados a comprar estes novos brinquedos sob falsos pretextos seguindo um ideal que, em boa parte, não passa de um embuste.
Humberto
P.S.- A Renault, empresa europeia, em vez de se precaver e fabricar o raio do carro já preparado para ser recarregado numa tomada europeia comum de 220v preferiu pedir um subsídio(zinho)... para resolver um problema que nunca devia ter existido. Claro, tem lógica. Tem toda a lógica do mundo!