Motor Split-Cycle patenteado

Se há algo que se manteve quase constante no mundo automóvel foi o motor de combustão interna que se manteve basicamente igual desde o primeiro exemplar - houveram grandes evoluções mas o principio de funcionamento manteve-se ao longo dos tempos. Daí que esta tecnologia Split-Cycle que esta em processo de patente seja relevante, apesar de não ser uma revolução promete uma evolução significativa. 
O motor de combustão actual trabalha no ciclo de 4 tempos - admissão, compressão, ignição e escape. Ou seja, a mistura combustível-ar entre no cilindro, é comprimido pelo pistão, dá-se a ignição da mistura que empurra o pistão para baixo e enfim o escape. E então e o split-cycle? Como nome indica, o motor split-cycle divide o ciclo de 4 tempos em 2 cilindros, ou seja, ao contrario de um cilindro fazer o trabalho todo no split-cycle os 4 tempos são divididos entre 2 cilindros. Esta divisão em cilindros dedicados significa que cada cilindro pode ser desenhado especificamente para essa tarefa. O primeiro cilindro recebe o ar pela válvula de admissão onde é misturado com o combustível e comprime-a. Nesta altura abre uma válvula que transfere a mistura para o segundo cilindro onde é comprimida e dá-se a explosão
Isto significa que por cada volta da cambota o motor esta a fazer mais trabalho - enquanto um pistão puxa a mistura o outro já esta na fase de explosão. Assim não são necessário mais cilindros que os actuais - continuamos a ter 4, 6 ou mais cilindros mas com metade das velas e injectores. Vantagem - segundo a Scuderi o motor split-cycle é 13 a 25% mais eficiente relativamente ao motor que "normal" e com menos emissões. Para já só existe um prototipo com um motor de 1 litro a gasolina que esperam que produza menos 80% de poluentes relativamente ao motor clássico. Mas aí começam os problemas - é necessário um avultado investimento e desenvolvimento antes que chegue à produção em série.

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