Os ecologistas não gostam nada de mim - que nem Salmonelose verde eis que nova reação alergica deixa-me prostrado. Ao ler o inquerito que o Jornal de Negócios fez sobre os automoveis electricos - segundo o qual a autonomia dos automoveis electricos não são um problema. Fiz copy-paste do texto para lerem.
O grande entrave aos automóveis eléctricos é a autonomia das suas baterias. No entanto, um inquérito levado a cabo pelo Jornal de Negócios, pela Inteli e pelo CEIIA (Centro para a Excelência e Inovação na Indústria Automóvel) desvendou que mais de metade dos inquiridos pondera adquirir um automóvel eléctrico. De uma amostra de 2 mil pessoas, 55,4% dos inquiridos revela a intenção de adquirir um modelo 100% eléctrico. Mas 76,2% diz que ainda não existe informação suficiente sobre este tipo de mobilidade.
“A importância da implementação da rede nacional de carregamento é corroborada pelo Inquérioto”, cita o site do MOBI.E. Segundo o Jornal de Negócios, 74,4% das pessoas classifica o acesso à rede de abastecimento de baterias como o aspecto mais importante para a compra de um carro eléctrico.
De acordo com os resultados divulgados pelo Jornal de Negócios, “do universo de pessoas que respondeu que não pensa adquirir um veículo eléctrico, 51,1% refere que isso se deve a não estar suficientemente esclarecido sobre os benefícios da mobilidade eléctrica”.
O jornal escreve que os aspectos relacionados com a utilização diária dos veículos merecem “especial relevo no inquérito que procura combater aquela que é eleita como a principal preocupação levantada pelas pessoas: a autonomia das baterias”. De um modo geral, “os carros eléctricos tal como estão concebidos actualmente, dispõem de uma autonomia das suas baterias que anda entre os 150 e os 200 km”.
Na edição de 29 de Março do Jornal de Negócios pode ler-se que “é curioso verificar que quando questionados sobre o número de quilómetros que percorrem diariamente, nenhum dos inquiridos referiu que faz mais de 100 km por dia, o que significa que a autonomia, mesmo sendo reduzida quando comparada com veículos a combustão, é suficiente para as necessidades diárias da totalidade das pessoas que responderam ao inquérito”.
A este inquérito responderam duas mil pessoas, maioritariamente pessoas do sexo masculino (76,6%), com idades entre os 31 e 64 anos (84,6%). “O carro é o único meio de transporte utilizado nas deslocações diárias por 80,7% das pessoas inquiridas”, constata-se ainda.
Não sei se notaram o problema - acreditam que os actuais automoveis electricos "dispõem de uma autonomia das suas baterias que anda entre os 150 e os 200 km". Com esta autonomia eu tambem pensaria em adquirir um mas sei que estes números são fantasia. Tentei saber de onde foram buscar estes números mas até agora não tive resposta. Mas quem segue o tema sabe que o Nissan Leaf anuncia 160km de autonomia e os trigemeos C-zero/i-miev/iOn anunciam 130km logo não imagino de onde veio os 200km. Mas no mundo real nenhum deles cumpre esses valores anunciados - o C-zero/iMiev/ion não conseguem mais de 80 km e o Leaf testado por uma revista portuguesa atingiu pouco mais de 100km. E isto sem contar com ar condicionado ligado, rádio e assentos aquecidos porque os actuais electricos não têm aquecimento.
Não tenho nada contra o automovel electrico, tenho tudo contra manobras de marketing (leia-se "tretas") que enganam as pessoas. Não esquecer que o "ambiente" tornou-se tambem um negocio que tem que dar lucros e joga-se muito com a falta de informação - o automovel electrico é ainda territorio desconhecido para muitos. Leiam este post para alguns números concretos.
Curiosamente, o jornal de Negócios esqueceu-se de um pormenor - com a actual crise as pessoas não vão deixar o carro a gasolina por um electrico, vão passar directamente para o autocarro porque não há dinheiro. Detalhes.
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