Novo estudo perdas em carga

Recentemente partilhei as conclusões do estudo da ADAC sobre as ineficiências das diferente formas de carregar um automóvel elétrico (tomada caseira, wallbox e ponto de carga rápido), mas um estudo não prova nada por si, é preciso vários estudos concordantes para uma conclusão sólida - o Touring Club Suisse (TCS) acabou de publicar as conclusões da sua analise no mesmo problema.

Como referi antes parte da energia gasta no carregamento de um automóvel elétrico nunca chega à bateria, é perdida em várias ineficiências. Se o estudo da ADAC abordou vários modos de carga, neste estudo da TCS focaram a forma de carregamento mais popular em casa - 11 kWh trifásico. Spoiler alert: mediram uma perda média de 11%, ou uma eficiência de 89% se forem de copo meio cheio.

Testaram entre 2022 e 2025 a carga de 26 veículos elétricos com menos de 30.000 quilômetros num carregador trifásico de 11 kWh a uma temperatura estável de 23 ºC.

Como referi a TCS determinou, em média, uma eficiência de 89% neste modo de carga - 7% das perdas ocorrem na conversão de corrente alternada para continua no carregador interno e 4% no funcionamento interno da bateria (incluindo a gestão térmica). Mas isso é a média, olhando para os valores para cada modelo o rendimento varia entre 84 e 93% nos 26 veículos testados. Algo que se vai refletir nas contas da eletricidade.

Para quantificar o impacto das perdas, em dinheiro e quilômetros perdidos, a TCS fez as contas a uma quilometragem anual de 15.000 km e a um custo médio de 0,29 francos suíços por kWh para as eficiências de 84 a 93%.

As perdas custam anualmente entre 48 CHF/51 euros a 137 CHF/145 euros com um valor médio 85 euros. Expresso em autonomia anual perdida representa perdas entre 1.087 e 2.359 quilômetros com um valor médio de 1.637 quilômetros nos 26 veículos testados.

Mas para colocar em perspectiva, perder 11% da energia da carga mesmo antes de sair da cama parece mau, mas não esquecer que o motor de combustão em cidade (onde o elétrico é mais eficiente) só aproveita 40% da energia do combustível em movimento e o resto é perdido. O automóvel elétrico, mesmo com as perdas de carga, continua a ser muito mais eficiente que o motor a combustão.

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