Durabilidade das baterias de automóveis elétricos

Mais um estudo sobre a durabilidade das baterias e este tira algumas conclusões interessantes - menos de 0,3% dos automóveis elétricos após 2022 precisaram de trocar a bateria de tração.

A RecurrentAuto avaliou mais de 30.000 veículos elétricos e concluiu que graças aos avanços tecnológicos, aumento da capacidade das baterias e gerenciamento por software limitam a degradação das baterias de tração permitindo que a maioria das baterias dura vários anos - mais que o resto do automóvel.

Tudo somado e temos a conhecida curva em S deitado da degradação da bateria - uma ligeira quebra inicial, seguida de uma longa fase estável plana e ao aproximar-se do fim de vida uma degradação mais rápida. A tecnologia moderna conseguiu adiar a fase final na maioria dos construtores.

O estudo especifica que, nesta amostra, as baterias de primeira geração (2010-2014) normalmente abaixo dos 25 kWh de iões de lítio registaram mais substituições. Entre 2015 e 2024 a capacidade média das baterias aumentou 167% frequentemente acima dos 90 kWh, atingindo até 100 kWh. Adicionando as novas químicas como as baterias LFP (fosfato ferroso de lítio), a gestão das cargas rápidas e temos baterias capazes de percorrer 800.000 km. Mais recente o elétrico, mais fiável é a bateria.

Nesta amostra estudada poucos automóveis tiveram que substituir a bateria de tração, mesmo em modelos com mais de dez anos - eis as taxas de substituição por idade:
- modelos comercializados após 2022: 0,3%;
- modelos comercializados entre 2017 e 2021: 2%
- modelos comercializados entre 2011 e 2016: 8,5%

As baterias de tração com a sua complexa química de íões de lítio perdem parte da capacidade ao longo do tempo, mas a uma taxa significativamente mais lenta. A vida útil varia consideravelmente dependendo da tecnologia, geralmente entre 10 e 20 anos, contrariando a crença de desgaste rápido.

As garantias dos fabricantes geralmente cobrem as baterias de tração por um período de 8 a 10 anos mantendo uma capacidade mínima de 70% - há limitações de quilometragem, em média andam pelos 160.000 quilômetros.

A Recurrent fez um um ranking de marcas com base na duração da bateria após três anos. Cadillac, Hyundai e Mercedes ficaram no topo mantendo quase 100% da autonomia inicial, seguida pela Tesla, Audi e Kia pelos 96% da capacidade inicial, seguidos pelas  Volkswagen, BMW e Jaguar que registaram valores mais baixos mas mesmo assim acima dos 90%.

Há 2 ressalvas importantes a fazer sobre esta classificação, especialmente às marcas "sem degradação". Os construtores automóveis incluem capacidade extra nas baterias que inicialmente está bloqueada por software, mas com o envelhecimento da bateria, o computador de bordo liberta (sem dizer nada) esta capacidade escondida mantendo a autonomia.
A outra ressalva é que as marcas mais baixas nesta classificação incluem dados de modelos mais antigos como os BMW i3 e Jaguar i-Pace.

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