A maioria dos atuais motores de combustão usados em automóveis usam um ciclo Otto de 4 tempos: admissão, compressão, explosão ou combustão e escape. Existe o ciclo Miller/Atkinson baseado no ciclo Otto em que o quinto tempo seria a compressão com a válvula de admissão aberta. Mas em bom modo alemão a Porsche decidiu que 5 não bastavam portanto desenvolveu e patenteou um motor de 6 tempos! Na realidade é mais um motor de 2 vezes 3 tempos mas detalhes…enfim, o objetivo é aumentar a potência e reduzir as emissões. Mas afinal como é que funciona?
Neste novo motor da Porsche num ciclo o pistão comprime a mistura ar/combustível na câmara de combustão duas vezes ( em vez de apenas uma vez), com dois eventos de combustão e dois cursos de potência. No segundo ciclo, o produto residual do primeiro é novamente comprimido. Este ciclo de seis tempos é basicamente dois miniciclos de três fases, um ciclo com admissão, compressão e potência seguido de outro ciclo de compressão, potência e exaustão.
Para conseguir isto a cambota gira em torno de uma engrenagem planetária enquanto também gira, o que significa que ao contrario das cambotas atuais não gira apenas em torno de apoios fixos. Com este sistema existem duas posições de ponto morto superior e duas posições de ponto morto inferior dentro do anel rotacional. O que também significa que o curso do pistão e a taxa de compressão não são fixos.
Segundo a Porsche (apesar da complexidade adicional) este motor é mais eficiente/limpo (a segunda fase de compressão elimina os gases de combustível que restam da primeira combustão - funciona como um sistema de recirculação de gases de escape sem recircula-lo), é mais potente (potência chega ao fim de 3 tempos e não 4) e consegue uma eficiência térmica até 50% quando os motores de 4 tempos ficam em média pelos 30%.
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