Novo Bugatti Tourbillon apresentado

Este é o primeiro Bugatti sobre a batuta de Mate Rimac e como seria de esperar é uma compilação de números que soam a ficção científica: V16 atmosférico a debita 1800 cavalos, mais que suficiente para acelerar (apenas) 1995 quilogramas aos 100 km/h em 2 segundos, 200 km/h 2 segundos depois e atingir uma velocidade máxima de 445 km/h...porque está eletronicamente limitado. Acho que nem Ferdinand Piëch imaginaria tais números serem possíveis num carro de estrada quando comprou a Bugatti! Bem-vindo ao Bugatti Tourbillon.

Antes de mais, abordemos o nome "Tourbillon" - é o nome do mecanismo muito complexo usado em relógios muito muito caros patenteado em 1801 por Abraham-Louis Breguet! Tal como este Bugatti Tourbillon - 3,8 milhões cada antes de qualquer personalização.



E o interior grita 3,8 milhões - ok, o volante com o centro fixo é um pouco Citroen, mas olhem bem para aquele conjunto de instrumentos analógico inspirado no mecanismo de relógio que lhe dá o nome. São mais de 600 peças no total, com 250 apenas para o velocímetro com tolerâncias até 5 micrometros algumas em titânio e pedras preciosas à mistura. E mesmo assim pesa metade que um conjunto de instrumentos digital equivalente.



Os assentos são fixos e são os pedais que vão ao encontro dos pés do condutor, e aquele ecrã no centro do tablier além de replicar o ecrã do smartphone do condutor é também o espelho retrovisor!
Passando mecânica dizemos adeus à magnifica peça de relojoaria que era do W16 de 4 turbos do Veyron e Chiron. O Tourbillon estreia um novo V16 de 8,3 litros atmosférico (0 turbos e 150 quilogramas mais leve que o W16) desenvolvido pela Cosworth que desenvolve 1.000 cavalos e 900 Nm de binário casado via um sistema elétrico de 800 volts com 3 motores elétricos da Rimac (2 à frente e um atrás) capazes de atingir as 24 000 rpm que adicionam 800 cavalos (cada motor 240 Nm de binário cada). Este arranjo de motores elétricos e de combustão permite a tração integral e torque vectoring.

Graças ao uso e abuso de materiais exóticos (fibra de carbono, alumínio, titânio) o Tourbillon pesa apenas 1.995 kg - o que é impressionante: apesar do motor de combustão maior, mais o peso dos motores elétricos e da bateria pesa basicamente o mesmo que o Chiron que substitui e bastante menos que um Porsche Taycan GT Turbo (que pesa 2.300 kg e "só" consegue 1.034 cavalos e 1.340 Nm).

Sendo um PHEV, é capaz de funcionar em modo 100% elétrico com a bateria de 25 kWh a permitir uma autonomia de 60 quilômetros.

E tudo somado temos uma aceleração que provavelmente apenas pilotos de jatos militares ou astronautas sentem: 0 aos 100 km/h em 2 segundos, 3 segundos depois já vai a 200 km\h (0 aos 200 em menos de 5 segundos), 5 segundos depois já segue a 300 km\h e 25 segundos depois de arrancar já vai nos 400 km\h...o Chiron demorava 32,6 segundos a chegar aos 400.

A produção dos 250 Tourbillon a 3,8 milhões cada planeados arranca em 2026.

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