Norma Euro7 passou

E como esperado a norma de emissões Euro7 foi aprovada pelo parlamento europeu entrando em vigor até 2030 numa vitória para o lobby automóvel - ficou pelo caminho a redução de partículas finas e óxidos de azoto nos veículos com motor a combustão (construtores disseram que seria caro demais - estimativas entre 450 e 700 euros) e testes mais completos em condições reais das emissões de óxidos de azoto (novamente a desculpa foi custos). As partículas finas emitidas pelos travões e pneus vão passar a ser avaliadas, mas há mais detalhes que vale a pena rever. As normas agora aprovadas irão ser discutidas por cada um dos países membros, antes de passarem a lei e serem aplicadas.


Emissões de partículas finas
A única novidade de vulto é a introdução de limites para a emissões de partículas vindas dos pneus e travões (sejam de ligeiros ou pesados) - penalizando apenas os 100% a combustão. Nos travões a norma Euro7 prevê para todos os veículos incluindo os elétricos foi estabelecido um limite máximo de 7 mg/kg de PM10 até 2034 e 3 mg/km a partir daí. Mas os híbridos (incluindo os híbridos ligeiros) e elétricos recebem uma abébia obre a forma de "fatores de compensação": 0,15 para híbridos e 0,30 para 100% elétricos. Ou seja, se um elétrico emitir 10 mg/km de partículas é na realidade registado como 1,5 mg/km após aplica o fator de compensação. Só os automóveis de combustão sem qualquer sistema hibrido são diretamente afetados.

Algo que não faz sentido nenhum - as partículas finas provenientes de automóveis elétricos são tão perigosas para a saúde como as provenientes dos automóveis a combustão.

Ainda estão a ser elaborados os métodos e limites para as emissões das partículas de travões e taxas de abrasão de pneus para alinhar com normas internacionais - relativamente aos pneus será sempre um cálculo porque não dispositivo para as medir em teste de estrada. Já relativamente às emissões de travões existem equipamentos de medição de partículas que devem surgir nas inspeções obrigatórias em breve, mas também já há soluções peculiares dos construtores automóveis para as reduzir - a Volkswagen está voltar aos travões de tambor nos seus elétricos que retêm as partículas no interior e geram menos atrito.


Avaliando os elétricos
A Euro 7 irá estipular quanta capacidade uma bateria deverá manter após um certo período de tempo - assegurando que um automóvel usado tenha um limite garantido. Ainda estão a definir como será feito. Além disso como referi acima também existirá controlo sobre as emissões de travões e pneus.


Gasolina versus diesel
Até um dia serem proibidos os motores a gasolina e diesel vão continuar por cá e não foram esquecidos: a Euro 7 estabeleceu pela primeira vez limites de emissões para a amónia (componente do smog) e motores a gasolina e diesel passam a ter que cumprir os mesmos limites - algo que afeta mais os diesel que tem que reduzir as emissões de óxidos de azoto (de 80 para 60 mg/km).


Período de cumprimento alargado
A norma Euro7 vai obrigar à instalação de sensores adicionais para o controlo dos veículos ao longo do tempo no mundo real e durante mais tempo. A norma Euro6 definia que os automóveis apenas tinham que cumprir os limites durante os primeiros 100.000 quilómetros e 5 anos, mas a Euro7 aumentou esse período de cumprimento obrigatório para 200.000 quilómetros e 10 anos.

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