50 anos depois do primeiro BMW 3.0 CSL, um modelo de estrada para homologação desportiva, a marca alemão apresentou um sucessor moderno em serie limitada a 50 unidades. Basicamente a resposta ao Porsche 911 Dakar.
Em 1972 a BMW e Alpina pegaram num BMW E9 coupé e aplicaram todo o seu conhecimento técnico para elevar este coupé a um novo nível criando assim o 1º CSL ou Coupé Sport Leichtbau (baixo peso). O magnifico 6 cilindros em linha de 3 litros foi puxado para 200 cavalos, adicionaram um kit aerodinâmico especifico (o aileron vinha escondido na mala no momento da venda porque não era legal para a estrada) e graças ao uso de ligas leves cortaram 200 quilos no peso (para 1.270 quilogramas) - tudo somado e era capaz de atingir 220 km\h e acelerar dos 0 aos 100 km\h em 6,9 segundos...em 1972 nem todos os Ferrari atingiam estes números.
E assim chegamos à atualidade - 50 anos depois a BMW apresenta o BMW 3.0 CSL, uma hommage ao original que para variar até vai ser comercializado - mais ou menos, só vão fazer 50 e já estão todas vendidas. Pegaram um BMW M4 que tinham à mão e aplicaram a velha receita CSL.
Primeiro a potência. Basicamente pegaram no motor do BMW M3/M4 e puxaram-no para 560 cavalos (mais 50 que o M3 Competition e mais 10 que o M4 CSL) e 550 Nm de binário (menos 100 Nm porque a caixa manual não aguenta mais) sendo capaz de atingir as 7.200 rpm - é o motor de 6 cilindros mais potente de sempre nos BMW de estrada. Este motor está acoplado a uma caixa manual de 6 velocidades com relações optimizadas a debitar a potencia no eixo traseiro via o diferencial activo M, com amortecedores activos Adaptive M Suspension e discos de travagem de ceramica para colocar a potência no chão.
Seguidamente é preciso cobrir a potencia e este 3.0 CSL recebe uma carroçaria agressiva especifica semelhante a do concept de 2015 BMW 3.0 CSL Hommage Concept em fibra de carbono reforçada com plástico (PRFC) que que culmina no característico aileron traseiro que originou a alcunha de Batmobile no BMW 3.0 CSL original. Os farois dianteiros amarelados e os laser traseiros são do M4 CSL, mas parcialmente cobertos pelos para-lamas. Boa noticia é que a grelha do atual M3/M4 é substituída por uma de melhor gosto mais clássica. E como cereja em cima do bolo uma decoração inspirada na competição em cima do Branco Alpino que requere 6.700 horas de trabalho manual - que combina perfeitamente com as jantes douradas de 20 e 21 polegadas, à frente e atrás respetivamente, calçadas com Michelins específicos.
A parte da potência e design desportivo estão resolvidas, falta o Leichtbau...aka dieta extensa. Como disse acima toda a carroçaria do capot ao difusor traseiro são em fibra de carbono, o escape em titânio e a suspensão em alumínio forjado. Tudo somado e pesa menos 111 quilogramas que o M4 Competition que já por si não é propriamente pesado.
O interior é o mesmo do atual M3/M4 mas forrado a Alcantara preto e acabamentos em fibra de carbono. O assento traseiro desaparece e os assentos que sobram são de desportivos em fibra de carbono, tal como os paineis das portas enquanto o isolamento sonoro é basicamente inexistente.
Infelizmente a BMW não deu números sobre a performance deste modelo mas sejamos sinceros, não é o mais importante deste modelo.
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