O nosso artigo "Os automóveis mais importantes de sempre" continua a crescer, mas dessa longa lista apenas uma mão cheia destes são ícones universais - o Land Rover Defender é um desses ícones. E substituir "ícones" é uma tarefa aterradora - mas para o salão automóvel de Frankfurt a Land Rover enfim apresentou a nova geração do Defender - será que a metamorfose para uma nova plataforma, novos motores e tecnologia capaz de honrar 71 anos de antepassados?
Os greatest hits do Defender estão todos lá: é quadradão, janelas pequenas, para-brisas muito vertical, faróis redondos (em LED) em encaixe/fundo quadrado, capot com bossa e placas metálicas de proteção...é sem dúvida um Defender, mas atualizado. Com 2 metros de largura e 1,97 metros de altura o Defender estará disponível com 2 comprimentos: a versão "90" com 4,32 metros e o "110" com 4,76 metros.
No interior é revolução completa - porque oferece conforto, algo que a geração anterior não fazia. Mas mantém as raízes utilitárias do Defender com o chão completamente coberto em borracha com tapetes opcionais, e até um sistema de assentos que permite que a versão 90 receba 6 passageiros e a 110 até 8 passageiros. Pode receber um sistema multimédia com um ecrã táctil de 10 polegadas, um conjunto de instrumentos digital com um ecrã de 12,3 polegadas, entre outros dos 170 acessórios que poderá encomendar com o seu Defender.
O novo Defender estará disponível em 5 níveis de equipamento - S, SE, HSE e Defender X, além da First Edition que estará apenas disponível no primeiro ano de venda.
Debaixo do metal temos outra grande novidade: desaparece o antigo chassis duplo e temos um chassis monocoque completamente em alumínio designado D7x derivado da plataforma D7 dos actuais Range Rover, Range Rover Sport e Land Rover Discovery - mas é 95% nova e muito mais rígida. Com a mudança de plataforma troca a suspensão de eixos rígidos por um sistema mais moderno de triângulo duplo à frente e independente atrás que pode ser de molas ou ar.
A mudança de plataforma trouxe também um crise de crescimento - o modelo 90 passa a ter 4,583 metros de comprimento (mais 72,2 centímetros que a geração anterior) e o modelo 110 passa a ter 5,018 metros de comprimento (mais 44 centímetros que a geração anterior), mas com a distancia entre eixos também a aumentar para permitir boa performance fora da estrada e como efeito secundário mais espaço para os passageiros. O peso infelizmente aumenta também, em média mais 200 quilogramas relativamente à anterior geração - o 90 mais magrinho pesa 2,133 toneladas.
A transmissão é de série integral com caixa automática de 8 velocidades e redutoras. Como opcional pode bloquear o diferencial central e traseiro. A suspensão de ar pode descer 50 milímetros para estrada ou subir 75 milímetros fora dela, com a possibilidade de pontualmente subir mais 70 a 145 mm para aqueles obstáculos ainda mais difíceis. Para ajudar nos momentos difíceis poderá recorrer a tecnologias como o ClearSight GroundView e o Terrain Response.
Debaixo do capot temos motores de 4 e 6 cilindros, gasolina e diesel, híbridos e até híbridos plug-in. As vendas arrancam na primavera a gasolina com um 6 cilindros turbo com um sistema híbrido de 48 volts debitando 400 cavalos (P400) e um 4 cilindros turbo de 300 cavalos (P300), e a diesel dois motores de 4 cilindros turbo com 200 (D200) e (D240) 240 cavalos. Em 2021 deverá chegar a versão híbrida plug-in.
update 13-09-2019
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