Mais um apanhado das noticias ligadas ao CarlosGate de 2019, e para seguir este tópico basta clicar na tag respetiva - ficam abaixo os principais desenvolvimentos como sempre sem tretas, conservantes ou adoçantes acrescentados.
Novo Conselho Operacional para a Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi
A Nissan e Renault apresentaram a nova organização para a direção da aliança depois da ejecção de Carlos Ghosn. Inclui agora a Mitsubishi e reasseguram o objetivo de reforçar a cooperação.
Jean-Dominique Senard, Presidente da Renault, Hiroto Saikawa, CEO da Nissan, Thierry Bolloré, CEO da Renault e Osamu Masuko, CEO da Mitsubishi Motors anunciam a intenção de criar um novo Conselho Operacional para a Aliança. Este novo órgão assumirá a coordenação operacional entre a Renault, a Nissan e a Mitsubishi, com o objetivo de criar valor para os acionistas e trabalhadores. O novo Conselho Operacional será a única entidade de supervisão das operações e da «governance» da Aliança entre a Renault, a Nissan e a Mitsubishi, e será o órgão piloto do «New Start» da Aliança.
Este conselho reunirá o presidente da Renault, Jean-Dominique Senard, que será igualmente o presidente do conselho, bem como Hiroto Saikawa CEO da Nissan, Osamu Masuko, CEO da Mitsubishi Motors e Thierry Bolloré, CEO da Renault - desta forma evita-se a concentração de poder que havia com Carlos Ghosn.
Os acordos formais para a criação deste novo órgão serão assinados por ocasião da comemoração do 20º aniversário da Aliança.
Será curioso de ver se vai haver alteração ao acordo de participações cruzadas que dá à mais pequena Renault um maior controlo sobre a maior Nissan. Mas todas as partes concordam que a actual estrutura da aliança está ultrapassada e deverá ser reformada para permitir melhor equilíbrio na tomada de decisões.
Ainda por confirmar estão os rumores que o grupo irá encerrar as duas entidades da aliança na Holanda que teriam sido usadas por Ghosn para manipular pagamentos para sí e outros membros do grupo - a Renault-Nissan BV e Nissan-Mitsubishi BV.
Ghosn queria mas não apareceu
Carlos Ghosn ainda deu sinal que queria estar presente na reunião de direção, mas o tribunal de Tóquio disse que não podia porque violava os termos da fiança - Ghosn pode ter sido retirado da liderança da Nissan mas para todos os efeitos ainda é um membro da direção.
Lealistas de Ghosn despachados
A Renault aproveitou a deixa e reorganizou o seu comité executivo aumentando o número de membros para 12 mas principalmente removendo várias pessoas próximas de Ghosn - a mais interessante é a remoção de Mouna Sepehri que terá ajudado a criar o esquema de pagamentos a Ghosn via as entidades holandesas e por isso terá sido bem recompensada.
Renault adia a retirada de pagamento a Ghosn
Recentemente escrevi que a Renault teria decidido retirar a Ghosn o pacote de pagamento referente ao ano de 2018 - afinal parece que a Renault terá adiado essa decisão para Abril. Ghosn está a ser acusado por não declarar rendimentos e como o julgamento ainda nao arrancou a Renault deverá estar à espera por instruções do tribunal.
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