João Galamba abre a boca. Sai asneira.

João Galamba, parte Dom Quixote, parte Donald Trump, parte cão de colo de Estaline continua na sua demanda de demonizar o governo anterior e fazer passar o actual como o salvador da pátria. Dai que devolveram todos os rendimentos imediatamente, dizem sim a todas as vontades dos sindicatos mas surpresa surpresa ficou um grande buraco no orçamento para tapar e como referi no outro dia o automóvel ira pagar a conta de todas as benesses - mas admitir que isso é um aumento de impostos? Nunca! A parte interessante de pessoas como João Galamba é que mesmo de frente com provas de que está errado há que negar tudo e dar a volta...e publicou isto na sua página do Facebook.
E devemos considerar-nos com sorte, porque se dependesse de João Galamba todos teríamos um Trabant. Todos não obviamente, todos os que jurarem juramento à Esquerda portuguesa obviamente - quem ousar não concordar com Galamba seriam enviados para campos de trabalhos forçados no Alentejo.

Nota-se que os anos em carros do estado e subsidio de deslocações às custas toldaram a visão a João Galamba - ele acha que um Citroen C1 é o automóvel perfeito para a família da classe média portuguesa e que agora está mais barato.

A proposta do Orçamento do Estado para 2016 (OE2016), entregue sexta-feira na Assembleia da República, revê as taxas do ISV com uma atualização da componente cilindrada em 3% e aumentos da componente ambiental entre 10% e 20%. Isso significa que todos os outros ficam mais caros um Volvo V40 D2 a gasóleo pagarás mais 294 euros de imposto, um Honda Jazz 1.3 i-VTEC pagará mais 238 euros de ISV e por diante - um automóvel familiar custará mais em ISV 200 a 300 euros relativamente a 2015. E sem contar com o aumento do imposto de circulação que também sobe.

Ao novo valor de ISV é aplicado o IVA a 23%, o que faz aumentar ainda mais a receita fiscal para o Estado e espera para 2016 uma receita líquida do ISV de 660,6 milhões de euros com base na "tendência expectável de recuperação na venda de veículos automóveis, acompanhando a tendência verificada neste imposto em 2015, bem como o efeito esperado das alterações legislativas propostas em sede de Orçamento do Estado".

Segundo a Autoinforma.pt e considerando apenas ligeiros de passageiros, todo-terreno, monovolumes e comerciais ligeiros, foram vendidos 269.133 veículos ligeiros em 2010 mas as vendas caíram constantemente até 2013 quando atingiram 124.123 unidades. Em 2014 e 2015 houve realmente uma recuperação e atingiu 209.352 unidades no fim de 2015. É essa tendência que o governo espera aproveitar para tapar o buraco - só que não vai acontecer: segundo o diretor de uma das principais marcas automóveis em Portugal o mercado de privados vale apenas 30% das vendas e o resto são empresas. A recuperação de 2014 e 2015 deve-se principalmente à necessidade de actualizar frotas que as empresas adiaram até que não terem escolha e este novo aumento vai causar nova retração nessas vendas. Os privados vão segurar os automóveis que têm enquanto podem - pessoalmente, é o que me preparo para fazer.

E desengane-se que este aumento só o afeta se comprar um automóvel novo - se as frotas pagam a maior parte da conta, eles vão transferir esse custo (incluindo o do combustível) para o consumidor final, todos nós. Peço desculpa, meu erro "todos" excepto o governo e deputados como João Galamba porque recebem subsídios de deslocação.

1 comentários:

  • Anónimo says:
    9 de fevereiro de 2016 às 12:00

    Ao facto ilegal da aplicação do IVA sobre um imposto ele não fala.
    Já agora devíamos pagar IVA sobre o IRS.