GM e Honda de acordo no hidrogénio

Sei que não é propriamente novidade mas quis estudar bem este tema em que acredito ser o futuro - automóveis movidos a hidrogénio. Conseguem dar a mesma experiencia de conduções e vantagens dos automóveis clássicos mas só geram calor e água. Mas também sei que esta tecnologia tem grandes obstáculos pela frente, alguns que só podem ser resolvidos por parcerias e apoios porque o desafio é simplesmente grande demais. E o que me anima é o rápido e crescente número de parcerias entre construtores neste tema - a mais recente é a parceria entre a General Motors (2º ou 3º construtor automóvel do mundo conforme a opinião) e a Honda (o único construtor a oferecer um automóvel movido com célula de combustível de hidrogénio acessível ao público) que pretendem desenvolver a próxima geração de tecnologia de células de combustível para automóveis com os olhos postos em 2020.
 
Em Janeiro a Ford, Daimler\Mercedes e Nissan anunciaram uma parceria para o desenvolvimento de tecnologias de células de combustível com o objetivo de ter um automóvel de produção em massa na estrada já em 2017. Esta união é importante porque junta grandes construtores de 3 continentes diferentes. A Toyota já anunciou o seu veiculo com esta tecnologia para 2015 e esta a trabalhar em parceria com a BMW desde Janeiro deste ano, e a Hyundai já testa veículos neste momento. Agora a General Motors e Honda para 2020 - se bem que a Honda quer o sucessor do FCX Clarity antes de disso.
 
Como não há propriamente o desenvolvimento de um veiculo (apenas as entranhas), a Honda e GM não indicaram qualquer alvo de preço para estes veículos. A Honda disse pretende "tornar o veiculo o mais acessível possível", mas para terem uma ideia atualmente eles alugam o FCX Clarity (o único automóvel a hidrogénio na estrada - se bem que só na Califórnia ou partes do Japão) por 600 dólares por mês - aluga, não vende.
 
Factor comum a todas estas parcerias é que não é um daqueles acordos de construir um automóvel em conjunto, mas sim para desenvolver as entranhas - um dos grandes problemas desta tecnologia é o custo do tanque de hidrogénio e os metais preciosos usados nas células de combustível, e em parceria há a redução do custo de desenvolvimento e fabrico destes veículos.
 
Outro ponto importante, é que as 2 empresas também vão contribuir para os esforços de expansão da infraestrutura de abastecimento de hidrogénio, inicialmente apenas na Califórnia onde pretende passar das actuais 10 para 25 postos de abastecimento nos próximos anos e atingir as 100 pouco depois. É algo de interessante esta participação no abastecimento, se bem que deixa a pergunta se qualquer veiculo a hidrogénio de qualquer marca ira poder usa-las ou vão ser exclusivas das marcas?
 
Fica também uma outra questão no ar - se olharem para esta lista de marcas que se juntam para desenvolver esta tecnologia há um nome muito importante no mudo automóvel que não aparece - o que é que anda a Volkswagen a tramar?

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