Quando Hollande chegou ao poder os socialistas em Portugal ficaram felizes da vida, particularmente quando este anunciou que iria baixar os preços dos combustíveis, algo que os socialistas portugueses aproveitaram para tentar vender em Portugal. E na verdade Hollande cumpriu - mas logo na altura eu disse que era algo que não podia durar muito já que seria o estado francês a pagar a conta.
E acertei - é que esta medida populista custou (até agora) ao estado francês 500 milhões de euros, que acresce à divida francesa - que se vier a ter problemas como a Espanha ou Portugal será sem dúvida o fim do Euro: este só se aguenta pela força das economias mais fortes e essas são a França e a Alemanha. Enfim o bom-senso parece ter vencido o populismos: acabou de ser anunciado que a taxa dos combustíveis volta a versão original. Realidade doí mas é a realidade...ao contrario do que sai da boca dos políticos.
Custou 500 milhões ao estado, mas será que o retorno não terá sido maior?
Agora vão aumentar os preços, não irá afectar a economia? Se calhar agora o estado francês pode vir a ter perdas maiores que esses 500 milhões...
Se desistiram da ideia foi porque concluíram que não tinham ou viriam a ter retorno - caso contrário mantinham o apoio. Acho estranho é que a França não dê ainda maiores apoios aos automóveis eléctricos - produzem mais energia do que precisam quase toda é de fontes limpas de CO2 (nuclear) e ambos PSA (Peugeot Citroen) e Renault têm eléctricos na sua gama. Sempre diminuíam as importações de petróleo.
Preocupa-me também que o governo de um dos países com mais valor no Euro arrisque medidas destas que aumentam a divida soberana e que colocam toda a Europa em risco tudo para cumprir uma promessa de eleições. Não admira que as empresas de notação já cortaram a cotação à França.