Socrates estraga Nissan Leaf

O Nissan Leaf acabou de chegar à Europa e a 22 de Dezembro Portugal recebeu as primeiras 9 unidades para o consorcio MOBI.E - o primeiro cliente comercial do Leaf na Europa. Carlos Tavares, o vice presidente da Nissan entregou um Leaf ao nosso Primeiro Ministro que disse vir a usa-lo em viagens em Lisboa.
E de uma só vez, arruinaram o Nissan Leaf. Como varias vezes abordamos, o automovel electrico tem muitas desvantagens e muitas incertezas e agora associaram em todos os canais de televisão o Leaf ao politico responsavel por muita da confusão que estamos a viver. Quem comprar um Leaf vai correr o sério risco de ser confundido com o senhor socrates e voltar ao seu carro para encontrar um paralelo no lugar do condutor...

12 comentários:

  • João Pimentel Ferreira says:
    3 de agosto de 2011 às 19:11

    O Senhor Sócrates é o Primeiro-ministro e é nessa qualidade que conduzirá o Leaf. Enquano Obama é agraciado pela medíocre e frívola adolescência internacional, tem um carro que mama 30 litros aos 100km. Sócrates é odiado pelos portugueses e conduz um carro eléctrico. Viva a hegemonia do petróleo!

  • Turbo-lento says:
    4 de agosto de 2011 às 14:16

    O sr. Socrates "foi" o primeiro-ministro. E espero que o Leaf que lhe deram o relembre que ainda não pagou a NENHUM dos portugueses que comprou um automovel electrico o incentivo que ele criou e tanto gabou.

  • João Pimentel Ferreira says:
    16 de dezembro de 2011 às 16:09

    Mas é deveras um sinal positivo e verdadeiramente amigo do ambiente e de cariz simbólico sem precedentes um "anterior" Primeiro-ministro andar de carro eléctrico, em vez, de como os outros, andar bem montado em Audi A8 ou BMW série 8 e outros da mesma família que mamam uns bons 20 litros aos 100km. É o que digo!
    Viva a hegemonia do petróleo!

  • Anónimo says:
    19 de dezembro de 2011 às 04:55

    Aqui a questão é quantas vezes viu o Sr. ex primeiro ministro a passear o seu nissan leaf?
    Eu não vi nenhuma.
    Já agora o seu carro é eléctrico ou "mama" 20 litros aos 100km?
    Viva a hegemonia do petróleo e a quem não gosta de carros nem do prazer de condução e vem comentar num blog de amantes do mundo automóvel.

  • João Pimentel Ferreira says:
    19 de dezembro de 2011 às 11:08

    Meu caro, o carro com motor de combustão interna foi e é a decadência do planeta Terra; não é por acaso que em 1997 diversas nações se reuniram em Quioto para reduzir os gases poluentes que detroiem o planeta, a casa de milhões de seres humanos e todos os seres vivos (os transportes são um grande contributo nocivo neste paradigma). A causa dessa destruição é haverem fanáticos como vós, que não prescindem de um bom motor (e quanto mais poluente melhor) para satisfazerem o vosso prazer automóvel, nem que para tal tenham de destruir uma árvore por minuto. Mas isso não vos diz nada! E sim, meu caro, vi na TV pelos menos duas vezes o Sr. Sócrates no seu Leaf.

  • Turbo-lento says:
    19 de dezembro de 2011 às 12:13

    Antes de mais creio que é necessário reavivar um esclarecimento - somos um blog de fãs do automovel, independentemente do que esta debaixo do capot seja combustivel fossil seja electrico. Temos sido é criticos do marketing, seja das marcas seja de movimentos verdes, que tendem a omitir (e as vezes mentir com todos os dentes) muitos factos e limitações sobre a nova geração dos automoveis electricos. E como todos os sites já falam sobre os benefícios, preferimos ser mais uteis e chamar à atenção de todos que há sempre um reverso da moeda. E com esta informação os consumidores podem fazer uma escolha acertada.

    Já sobre a questão do Leaf do senhor Socrates, tudo não passou de uma manobra publicitária não só para Portugues ver, mas tambem para o mundo ver, já que Portugal foi dos primeiros paises a receber o Nissan Leaf e era necessário criar noticia - não duvido que tenha dado algumas voltas nele, mas tudo não passou de outra manobra do nosso antigo PM que tal como um certo senhor Putin cultivava uma grande dose de hedonismo e que bastava que ele fala-se e todos os problemas se resolvessem. E basta ver tambem do ponto de vista de segurança - a razão do uso de grandes BMWs e Audis tem a haver com o facto que muitos deles são blindados e na necessidade de escapar a uma multidão em fúria (que no caso de Socrates era bem possivel) é necessário potencia sem limitações de uma bateria.

    Já sobre a "hegemonia do petróleo" a verdade é que ela deve-se principalmente à ausencia de uma alternativa viavel. Segundo os mais váriados estudos, todos tendem a apontar que o automovel electrico serve a cerca de 10% da população. E creio que assim se vai manter até um novo sistema de bateria mais potente e mais duravel surja no mercado ou finalmente resolvam o problema da produção do hidrogenio e das pilhas de combustivel para que sejam viaveis.

    E por favor, vamos debater e rebater mas sem ataques pessoais - somos todos fãs do automovel.

  • Turbo-lento says:
    19 de dezembro de 2011 às 12:35

    E sobre "o prazer da condução" e "fanáticos como vós" creio que se ler um pouco o 4rodas1volante vai ver que muitas vezes admiramos (ou não) os automoveis não pela condução mas pelas novidades, soluções ou pela engenharia que trazem e muitas vezes demonstra mais sobre o ser humano que pensamos.
    Eu sonho com o dia em que haja um sistema de transportes publico que seja fiavel, seguro, confortavel, pontual, com cobertura abrangente, que funcione em sintonia com o utilizador e que permita que eu deixe o carro em casa e o use pontualmente para dar umas voltas ao fim de semana na minha estrada preferida. Mas temos algo minimamente parecido com isso? Não, nem por sombras.
    E sim, ocasionalmente durante as nossas viagens diárias o tempo esta certo, a estrada é perfeita, o transito desapareceu por momentos e homem e máquina entram em comunhão para partilha do momento que se sente pelo fundilho das calças. Amen.

  • João Pimentel Ferreira says:
    19 de dezembro de 2011 às 12:36

    Ou seja, meu caro, você não rejeita o carro eléctrico, mas como ele é mais caro e não tem a potência dos outros, não interessa comprar. Veja se entende uma coisa, meu caro, ou o mundo adopta formas menos poluentes de locomação, ou você e seus pares não vão ter descedência. E nesta óptica, os hedonistas são todos vós "amantes do automóvel", que não conseguem prescindir um pouco de autonomia ou potência, em prol da salvação do planeta terra e de todos nós.

    E o caro arauto das doutrinas do petróleo "amante" do automóvel diz ainda que "a razão do uso de grandes BMWs e Audis tem a haver com o facto que muitos deles são blindados e na necessidade de escapar a uma multidão em fúria (que no caso de Socrates era bem possivel) é necessário potencia sem limitações de uma bateria."
    Ora seguindo esse raciocínio porque não recomenda ao Dr. Passos Coelho um Tanque de Guerra (olhe que ele é capaz de precisar com estas medidas de austeridade)

    Concluindo, o Sr. Sócrates, poderá ter sido um incompetente, e foi-o, MAS andava de carro eléctrico (EU VI). E não se esqueça que com o carro eléctrico, apesar de mais caro, deixa de sustentar os proxenetas da BP, Galp, Repsol e similares do mesmo cartel.

  • Turbo-lento says:
    19 de dezembro de 2011 às 15:06

    Não rejeito o automovel electrico por si, que não seja pelo facto que os combustiveis fosseis vão acabar eventualmente. E fala de só gostarmos de potência o que não é verdade - se ler um pouco mais vai ver que em termos de potencia (é preciso fazer a conversão de Cavalos Vapor para kW) os valores são semelhantes e o electrico tem até a vantagem do binário máximo está logo disponivel desde o inicio, não precisando de atingir um determinado intervalo de rotação.

    Mas o electrico tem ainda muitas limitações relativamente ao automovel classico. E não é uma questão de sacrificarmos autonomia, que é uma desculpa ridícula - a maioria do comum dos mortais tem a sua distancia de viagem definida por vários factores (como a localização da sua habitação, onde é a escola dos miudos, onde trabalha, etc) e não temos controlo sobre muitos deles. Não somos nós que ditamos (na maioria dos casos) o nosso ritmo de vida, mas sim é nos imposto.
    E o custo é fundamental caso contrário não vai chegar a todos senão a uma elite endinheirada e o efeito será nulo. E acha bem que uma pessoa compre um electrico para só descobrir que 5\6 anos mais tarde pode ter que trocar a bateria que pode custar algo como 20.000 euros? E acha bem que as marcas anunciem "emissões zero" quando na realidade as emissões indirectas de CO2 pela geração de electricidade podem chegar a 50-60g\km em Portugal? E nos paises em que a geração de electricidade é feita principalmente pela queima de carvão as emissões indirectas de um carro electrico podem chegar a 200g\km?
    E falando em poluição, até a ONU já chamou a atenção que os hibridos e electricos usam ligas metálicas com metais raros quase impossiveis de reciclar e que são perigosas para o ambiente.

    A preservação do ambiente é importante mas uma coisa que os ecologistas têm dificuldade em perceber é que todos nós temos que pagar as contas para podermos ter um tecto sobre as nossas cabeças, colocar os filhos nas escolas e para o bem e para o mau ter um automovel é fundamental (se a memória não me falha até o senhor da Quercus tem um). E até se resolverem muitos problemas com a mobilidade em Portugal não vejo como isso vá mudar.

    Somos fãs do automovel, mas a proteção do ambiente esta em todos os gestos do dia-a-dia e não apenas do automovel. Não critique os que usam o automovel apenas por terem um automovel, muitos não têm escolha.

    E reitero a necessidade de evitar ataques pessoais como "os hedonistas são todos vós" e "você e seus pares não vão ter descedência". Gostamos de ter uma discussão saudavel sem ofensas.
    Permiti este seu ultimo comentário porque contem algumas questões importantes mas não permitirei mais comentários neste termos.

  • João Pimentel Ferreira says:
    19 de dezembro de 2011 às 15:27

    Com certeza meu caro, moderarei o tom. O carro eléctrico presentemente pode não ser totalmente vantajoso e até ser caro, mas assim também o era o iPhone quando saiu, ou qualquer panóplia tecnológica quando vem para o mercado. Sou "amante do automóvel", mas há algo que vós não têm que é: consciêncialização mundial. Bem sei que têm contas para pagar e filhos para sustentar, mas digo-o sinceramente; ou o povo muda de atitude em relação ao transporte individual, e muda de uma atitude egoística para uma atitude filantropa; ou vós e os outros não deixarão descendência aos vossos filhos que agora sustentam.

    E volto a reiterar, perdoar-me-á mas o que refere não tem qualquer sentido num país civilizado. O que você idealiza é um PM, qual filme americano de ação tipo Velocidade Furiosa, a fugir na auto-estrada do norte com o seu BMW ao povo sedento de vingança que o persegue em fúria nos seus FIAT e SEAT. Peço-lhe que seja racional. A classe política anda bem montada, por uma questão de estatuto e de imagem, que é tipico dos nossos governantes.

    Os carros eléctricos poderão não ser vantajosos presentemente para os seus utilizadores, mas a compra de um, é um acto cívico e filantropo, e que nos remete para a consciência global. E em relação às emissões indirectas, deve saber que a tendência é para que cada vez mais a produção de energia primária venha através de fontes renováveis, o que fará as emissões indirectas da produção baixarem.

    E bem sei que todos temos contas para pagar; mas ou mudamos de atitude em relação ao mundo, ou daqui a duzentos anos, pode crer que ninguém vai ter mesmo contas para pagar.

    Cumprimentos

  • Besedaeste says:
    19 de dezembro de 2011 às 20:08

    Acima de tudo, não é com fundamentalismos que lá vamos... os automóveis têm a sua quota parte de responsabilidade, mas o peso dos autocarros, das centrais a carvão, o enorme peso dos aviões e de todo o sector de transportes que usa combustíveis fósseis para fazer mover o mundo (camiões, comboios, etc), tem um peso gigantesco. Estatísticamente, o automóvel não será o pior por certo... Na minha opinião, a solução passa por um misto de gasolina/diesel com electricidade ou mesmo hidrogénio. Pelo menos para já...

  • João Pimentel Ferreira says:
    29 de dezembro de 2011 às 14:49

    A solução para já, passa mesmo é por colocarem todos os automóveis na sucata; e mesmo só para já, andarem de bicicleta, a pé, de comboio, de eléctrico, de trotineta, de rastos, de gatas; como quiser, desde que não polua o ambiente; mas isto é mesmo só para já...
    Verá que em três meses ficará mais saudável, perdeu essa barriga, baixou a tensão; e isto tudo de borla...
    Cumprimentos