A FIA e os chefes de equipa anunciaram uma série de medidas para reduzir os custos e assim manter o desporto à tona de água.

A partir de Março, é proibido testes fora dos fins de semana de corrida e o tempo em túneis de vento vai ser reduzido drasticamente. Os motores vão ter que durar o dobro do tempo, pelo menos 3 corridas, e cada piloto terá direito a 8 motores por época. E as equipas que fornecem/vendem motores a equipas independentes vão ter que cortar os custos em 50%.
Mas as grandes mudanças em 2010 – um motor igual para todas as equipas. Exactamente, o motor será construído por um dos construtores actuais ou um especialista (como a Cosworth) e custara (o mesmo para todas as equipas) 5 milhões de libras por ano, que é uma fracção do orçamento anual de desenvolvimento de motores de qualquer equipa no campeonato actual.
Opção também disponível é a adopção por todas as equipas de uma caixa de velocidades simplificada e peças de chassis standartisadas. Os reabastecimentos e aquecedores de pneus foram banidos, todas as equipas utilizaram sistemas idênticos de telemetria e a distancia da corrida será reduzida. Todas estas modificações foram discutidas e aceites numa reunião no Mónaco.
Só a crise mundial para fazer as equipas a aceitarem tão facilmente modificações que já andam a ser discutidas (algumas) há vários anos.
até acho bom o facto de os motores serem iguais, assim pode-se ver os pilotos que são realmente bons.
mas é o que acho...
Então queres que um gaijo comente a F1 com uma foto daquelas? Não é fácil.
Bom, em relação aos motores, deveriam de tal forma limitar o alterações aos motores que deveria ser inviável uma equipa conseguir mais cavalos que uma segunda, colocando componentes padrão, tais como combotas, pistons, veios, etc... Mas nunca retirar a construção dos próprios motores, é a alma da fórmula 1, a concepção dos carros e consequentemente os motores.
Em relação à proibição das mantas dos Pneus, sou contra, as poucas ultrapassagens que se vêem actualmente, advêm de paragens nas boxes, ao colocarem esse entrave à paragem nas boxes (aumento de tempo por voltas seguintes à paragem até aquecer os pneus), acredito que as equipas vão adoptar por parar menos vezes. Ao retirarem as mantas, teria que se obrigar as equipas a parar tantas ou mais vezes, teria de se limitar o tamanho do depósito de combustível e reduzir a pressão das mangueiras de combustível. As equipas teriam que ir reabastecer mais vezes, existindo mais hipóteses de alternância de lugares. E aí sim, carros em pistas com pneus quentes e outros com pneus quentes, sem dúvida que existiria emoção a montes.
Outro ponto que considero que deveria existir seria um "boost button" para facilitar as ultrapassagens. Para além de isso, deveria ser implementado um sistema aerodinâmico que facilitasse um carro colar-se à traseira de um outro. Deveriam obrigar uma dimensão padrão dos radiadores bem exagerada pra que não existisse problema de um carro ir colado à traseira de outro sem sobreaquecer, 1 ou 2 voltas se fosse caso de isso. Deveriam colocar imposições para os carros serem mais pequenos fisicamente de forma a existirem mais carros num dado espaço e tornado mais sólido o carro, podendo existindo mais toques sem que resultasse invariavelmente em paragens nas boxes ou gravilha.
Finalmente, reduzirem a eficiência aerodinâmica dos carros para este não estarem tão dependentes desta nas curvas e mais dependentes das suspensões/pneus. Este ano já vão reduzir drasticamente esta, mas reduziam ainda mais. Titulo de exemplo, todos os apêndices aerodinâmicos deveriam ser compostos por apenas uma peça, ao invés de 2 asas. Isto iria prejudicar a sua eficiência e tornaria mais fácil a visualização dos patrocionadores, só coisas boas e facilitariam as ultrupassagens.
São apenas uns pensamentos de uma pessoa que adora a F1.
Por favor, comentem e debatam.
Abraços pra todos e beijinhos para as meninas na foto.
P.S.- Desculpem qualquer coisinha de Português mas estou no trabalho e não posso estar a verifica-lo. E a caixinha minúscula para escrever também não ajuda.
Concordo contigo que algumas destas medidas descaracterizam a Formula 1. Se olharmos para o conjunto de medidas dá a ideia que a FIA esta a empurrar a Formula 1 para o formato do Indycar americano em que qualquer pessoa pode comprar um chassis e um motor igual as equipas de topo.
Acho que o corte nas áreas aerodinamicas e a redução do tanque de combustivel são boas ideias e ajudariam no espetaculo mas não reduzem custos - o grande problema que todos os fabricantes estão a cortar. E em ultimo recurso, como a Honda, abandonam o desporto - algo que se tem de evitar.
Não gosto das medidas, mas também não vejo outra forma practica de limitar custos de forma igual para todos.
Ao limitar o número de testes durante a época, reduzir o número de horas em túnel de vento já é um grande passo.
Outra ideia por exemplo, seria a de limitar o número de eng. por equipa. Padronizar certos pontos do carro, tal como a suspensão inteira, padronizar de tal tipo as caixas de velocidade, desde medidas e tudo mais que não tenham por onde pegar para as desenvolver... etc, eles continuariam como detentores da caixa, mas ao fim ao cabo, seria igual para todos.
Isso iria reduzir significativamente os custos. Ao equiparar mais as equipas, proporcionar melhores espectáculos (e mesmo no sentido visual, como vão fazer agora, tirar todos os milhões de apêndices aerodinâmicos) torna mais visível os patrocinadores, logo mais retorno que advém da Formula 1
Se estandardizam e limitam mais as coisas, qualquer dia a F1 é uma "spec race" em que os carros são idênticos.
Mas por outro lado, como diz a Joana, as coisas vão depender mais dos pilotos. Para já é só o motor q será único. Ainda sobra MUITA coisa onde criar diferenciação e vantagens competitivas (aerodinamica, suspensões, travões, caixa, etc), para não falar nas afinações q são importantíssimas, mas creio q a F1 já vai ficar mais competitiva.
Quanto a ultrapassagens, já q nos monolugares é dificil aproveitar a deslocação de ar do carro da frente, creio q o melhor era limitar os travões. As distâncias de travagem actualmente são extremamente curtas. Travam de 300km/h em 250m. Antigamente tinham de travar mais cedo, e a coragem dos pilotos em travar um pouco mais tarde fazia a diferença.
Em relação aos travões, se não estou em erro, próximo ano terão de ser de aço, ao contrário do campeonato que findou que eram de carbono ou um material compósito qualquer.
Realmente agora com os travões de aço, vão ter que os arrefecer bem de outra forma a meio da recta da meta vão ter de começar a travar.
Em relação à "spec race", já o é, ainda que de modo não muito vincado, agora entre uma "spec race" algo livre e um campeonato a 3 ou 4 equipas, desculpem mas vou preferir a 1ª. Creio que se deve avaliar quais os componentes que consomem mais recursos monetários (o motor é sem dúvida um) e controlar os seus desenvolvimentos. Não digo que os carros fiquem idênticos, mas muito, sim. Gostava de ver tempos por volta no pelotão a não variar mais que 1 seg e não os 3 seg actuais. Aí sim, via se quem tinha unhas para o carro e não quem utilizava melhor o carro que têm. Outro aspecto que deveria ser interessante, seria o de colocarem 3 carros por equipa, temos de reconhecer que 1/3 ou 1/4 dos carros não acabam as corridas, ao invés de termos 14 ou 16 carros a acabarem as corridas, teríamos 22 ou 24 carros a acabar as corridas (o sistema de pontuação teria que ser mudado). Como o que consome mais dinheiro, ainda são os desenvolvimentos, o custo seria praticamente o mesmo, mas mais um piloto por equipa traria muito mais retorno e iria criar muito mais hipóteses para jovens talentos que não têm a sua hipótese porque simplesmente não têm dinheiro para correr actualmente.
Poderiam limitar a idade do 3º piloto da equipa aos 20 ou 22 anos por exemplo.
esta disciplina máximo para mim já acabou!!!
com estas alterações estúpidas vou dedicar-me a ver o motoGP, pelo menos por enquanto, onde ainda não existem paragens nas boxes e sem jogos sujos entre pilotos e marcas…..
Creio que limitar horas de tunel de vento seria inutil em termos de custos uma vez que muito trabalho é feito por simulação informatica recorrendo a verdadeiros super-computadores. Reduzir o número de engenheiros seria dificil de controlar...seriam sub-contratados.
Creio que a solução estara algures entre a F1 actual e o Indycar actual: "alguns" componentes base iguais mas com liberdade de modificar. Os carros asa, etanol, travões normais e os motores (que são derivados de blocos de série) que os Indycar usam são talvez os melhores componentes - o resto estaria (com limitações) à liberdade da equipa.