Este sistema será instalado em todos os novos automóveis homologados na União Europeia a partir de 6 de julho 2022 e em todos os automóveis novos depois de 6 de julho 2024. Estes sistemas não registar dados durante acidentes para ajudar a determinar as responsabilidades e ajudar a acelerar investigações.
Antes de mais é importante dizer que o seu automóvel não vai gravar o que disser no seu automóvel ou filmar o que lá faz - regista uma série de dados técnicos nos 30 segundos antes do acidente (esta sempre a gravar mas só guarda os últimos 30 segundos até determinar que houve um acidente) e 30 segundos depois do acidente. Entre os dados registados temos:
- velocidade;
- angulo do volante;
- uso dos pedais;
- regime do motor;
- força do impacto;
- ativação de airbags;
- posição GPS;
- uso dos piscas;
- uso do cinto de segurança;
- estado dos faróis acesos;
A União Europeia diz que o objetivo deste sistema é a redução das mortes na estrada e têm dados para o provar - este sistema é basicamente o mesmo que já é usado nos EUA desde 2015 onde foi observado num período de 5 anos uma redução de 20% nas mortes em veículos com este sistema. Provavelmente porque os condutores adotam outro estilo de condução porque sabem que estão a ser "gravados"...
Mas também é um passo intermédio para uma revolução automóvel que se avizinha - a condução autónoma. É que quando esta tecnologia enfim chegar (se chegar) vai ser necessário, na eventualidade de um acidente, decidir aonde está a responsabilidade: condutor ou construtor automóvel. Vai ter que haver partilha de dados com o construtor, armazenamento de dados durante um certo período de tempo para resolver infrações de código de estrada ou acidentes e aí terá que incluir mais tipos de dados registados - em particular identificar corretamente quem está a conduzir o carro e o que está a fazer. O automóvel poderá conduzir sozinho, mas o condutor efetivamente não estará "sozinho" no automóvel.
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