A telenovela dieselgate continua a desenrolar-se, se bem que mais interessante que as portuguesas. Fica mais um ponto de situação sem tretas, conservantes ou adoçantes acrescentados.
Audi deve iniciar recolha em Março
Um porta-voz da Audi anunciou que a marca pretende iniciar a recolha e reparação dos motores EA 189 afectados no dieselgate em Março - isto se a KBA aceitar a reparação proposta, que será valida para toda a Europa. O primeiro modelo a ser recolhido será o A4 com o 2.0 litros TDI e em setembro deverá ser a vez do 1.6 litros TDI.
FCA apresenta resultados de auditoria interna
No seguimento da caças às bruxas que arrancou com o Dieselgate a Fiat Chrysler Automobiles decidiu fazer uma auditoria interna para assegurar que os seus automóveis cumprem as regras. E a conclusão é que os seus automóveis não usam qualquer tipo de truque para dar a volta aos testes de emissões e todos eles cumprem os limites impostos na união europeia.
Mas não ficou por aí - a FCA diz que apoia testes mais realistas de emissões (tendo em conta que vende principalmente pequenos automóveis para eles não é difícil passar) e irá em Abril atualizar as definições das ECUs dos seus motores Euro6 (incluindo os já vendidos, a atualização será feita durante a revisão) para que estes poluam menos.
O que uma primeira: construtores atualizam ECU's normalmente para corrigir bugs ou problemas, a Fiat encontrou maneira de colocar o motor a funcionar mais eficientemente e ao invés de pensar em quanto dinheiro iria custar pensou no melhor do cliente (menos emissões=menos consumos) e avançou. Obrigado Fiat.
A Fiat também anunciou que apartir do segundo trimestre vai começar a usar nos motores diesel os sistemas SCR (Selective catalytic reduction) com adblue. Ou seja, os Fiat diesel baratos acabam em 2017.
Mercedes rejeita criticas sobre emissões
A Mercedes reagiu aos resultados do testa da Organisation for Applied Science Research (a pedido do ministério do ambiente holandês) ao Mercedes Classe C 220TDi BlueTec em que foi detetado que emite 40 vezes mais óxidos de azoto que o valor de homologação.
A resposta da Mercedes é, e como seria de esperar, que os resultados seriam de esperar tendo em conta que este instituto utilizou uma metodologia de teste do tipo Real Word a baixas temperaturas e não o procedimento oficial de homologação de emissões NEDC. Ou seja, mais um exemplo de como os resultados oficiais não refletem os reais.
A Mercedes diz que estes resultados devem-se ao facto que o sistema de recirculação de gases de escape (EGR) funciona diferente a baixas temperaturas (entre os 5 e 7ºC) a que os holandeses testaram o Mercedes para proteger o radiador do EGR e dessa forma assegurar que, conforme a lei, o sistema de controlo de emissões funcione sem desvios e problemas até aos 160.000 km - é algo que é legal e necessário para a durabilidade do sistema. Os testes do NEDC são feitos a 22ºC.
Claro que os ambientalistas não querem saber disso e já pressionam a KBA alemã (a autoridade de homologação que homologou este Classe C) para retirar a homologação bloqueando assim as vendas na Europa e exigem a remoção dos EGR porque poluem mais a baixas - o que faria os automóveis ainda mais poluentes mas enfim...
A Mercedes também acrescenta que não manipula emissões e que os seus automóveis não têm qualquer dispositivo ou software para manipular as emissões.
CARB recebeu proposta de reparação para o V6 3 l TDI
A Volkswagen apresentou ao California Air Resources Board (CARB) e a Environmental Protection Agency (EPA) a sua proposta de reparação do motor V6 3 litros que equipa nos EUA cerca de 85.000 automoveis. A CARB tem agora 20 dias uteis para responder se aceita ou não a proposta.
A proposta não foi detalhada mas relembramos que recentemente o CEO da Porsche sugeriu que os Cayenne diesel de 2013 a 2014 precisam de um catalizador e software novo, enquanto os modelos de 2015 em diante precisam só de actualizar o software. Isto foi uma informação dada com um "talvez precisem" e mesmo que seja a ser correto pode não aplicar-se a todos as variantes do 3 litros instalados nos VW Touareg e Audi A6, A7, A8, Q5 e Q7.
Nos entretantos, continuam sem haver novas novidades sobre o 2 litros TDI - a CARB recusouo a proposta inicial de reparação da VW há poucas semanas e desde então nada.
A proposta não foi detalhada mas relembramos que recentemente o CEO da Porsche sugeriu que os Cayenne diesel de 2013 a 2014 precisam de um catalizador e software novo, enquanto os modelos de 2015 em diante precisam só de actualizar o software. Isto foi uma informação dada com um "talvez precisem" e mesmo que seja a ser correto pode não aplicar-se a todos as variantes do 3 litros instalados nos VW Touareg e Audi A6, A7, A8, Q5 e Q7.
Nos entretantos, continuam sem haver novas novidades sobre o 2 litros TDI - a CARB recusouo a proposta inicial de reparação da VW há poucas semanas e desde então nada.
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