Infelizmente tal noticia não me surpreende, e se bem que isto saiu nos Estados Unidos na Europa provavelmente temos o mesmo - segundo um relatório do governo americano os construtores automóveis estão a armazenar informação sobre os condutores via os sistemas de GPS incluídos nos automóveis e os condutores/proprietários não têm nem direito nem forma de exigir que essa informação seja destruída. Depois da NSA, temos a Ford e outros de olho em nós...
Construtores automóveis guardam informação sobre a localização dos condutores de forma a poderem fornecer informação atualizada sobre o transito, para dar localização da farmácia de serviço mais próxima, assistência de emergência e outros mas estão a armazenar esta informação sem direito a acesso do cliente.
Este relatório estudou as práticas dos 3 grandes americanos, Toyota, Honda e Nissan, bem como os fabricantes de GPS's Garmin e TomTom, e software da Google Maps e Telenav. Segundo este relatório apesar das empresas armazenarem esta informação não a comercializam a terceiros, mas isso não os impede de usar a informação. Algo que não era assumido ou até negado pelas empresas - mas aparentemente, e segundo a associação dos construtores nos EUA, ao assinar o contrato de venda do automóvel e do serviço essa autorização esta enterrada nas letras miúdas.
Nenhuma das empresas disse por quanto tempo armazenam a informação de localização dos clientes, mas segundo o relatório uma empresa que trabalha para 3 dos construtores auditados disse que todos os dados eram guardados até 7 anos enquanto outros dizem menos de 24 horas.
Durante a CES (Consumer Electronics Show) 2014 o Vice-presidente da Ford Jim Farley disse algo de "interessante" durante uma discussão sobre a privacidade de dados pessoais - "We know everyone who breaks the law, we know when you're doing it. We have GPS in your car, so we know what you're doing. By the way, we don't supply that data to anyone."
Traduzindo, graças ao GPS a Ford sabe quando estão a conduzir em excesso de velocidade, onde está e o que está lá a fazer. Farley também disse que a Ford usa muito pouca dessa informação e que essa informação pode ser um dia usada de forma anonima para ajudar em serviços relacionados com gestão de transito.
Alguém da comissão Europeia importasse de fazer as mesmas perguntas aos construtores europeus?
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