Alemanha consegue - restrições CO2 adiadas

A Alemanha pressionou (e como esperava) conseguiu - os ministros europeus do ambiente aceitaram manter o limite de emissões de CO2 para 2020 em 130 g/km ao invés dos anteriores 95g/km. Os alemães conseguiram o apoio de vários paises (Polónia e Reino Unido - Bentley, Rolls-Royce, Jaguar...) e empurrar estes limites apertados para 2024, com a a oposição da Belgica, França e Itália que preferiam manter o limite de 95 g/km (tirando os belgas, os outros fabricam pincipalmente carros pequenos logo tudo a ganhar com limites mais apertados).

 
De um lado congratulam-se já que conseguem flexibilizar os limites numa altura dificil e de outra os ecologistas que gritam...bem, gritam. De qualquer forma, isto só significa que há um limite até 2020 e em breve terá que haver nova negociação para os limites depois de 2020.
 
E pelo meio já há os habituais jogos de bastidores - a oposição alemã (verdes principalmente) tem carregado em cima de Merkel por esta ter aceite donativos da familia Quandt que controla 47% da BMW, marca que há muito se opunha aos limits de CO2. Curiosamente, os donativos entraram depois das eleições e poucos dias antes de Merkel ter fincado o pé na questão do CO2. Mas o negócio pode sair caro a Merkel que poderá ter vencido agora mas não poderá repetir a graça - é que Merkel tem maioria no parlamento alemão mas não absoluta e para ter precisa de um aliado e os únicos com o número de assentos no parlamento necessários para ajudar Merkel são o SPD e os Verdes, ambos a favor do limite de 95g/km. Merkel ainda procura um parceiro, mas parece que qualquer uma das alternativas vai querer os 95g/km no novo acordo.

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