Ainda no outro dia argumentava que as novas normas de emissões Euro6 de pouco valiam porque o mercado de automoveis novos caiu e como os automoveis recentes duram muito mais. Também duvidei que um novo incentivo ao abate funciona-se - novamente a crise e o facto que os governos não têm dinheiro para isso.
Infelizmente já tenho a minha resposta: uma proposta no Reino Unido para um imposto de circulação baseado nas emissões de CO2 independente da idade do veiculo, algo que vai levar ao abate de veiculos que estão em perfeito estado de circulação mas que com o tempo se tornam caros demais para manter.
Os veiculos mais afectados seriam os automoveis de luxo ou de performance bem como os todo-terreno, mas também aqueles automoveis mais antigos que consomem mais e com catalizadores mais simples (ou mesmo sem catalizador) e que podem ser em breve ser atingidos por um imposto que pode representar uma grande percentagem do valor do automovel.
Mas não se trata de um imposto fixo, já que a cada ano que passa esse imposto aumentaria - como é calculado relativamente as emissões médias da frota automovel nova que estão quase sempre a diminuir de ano para ano (especialmente com a entrada da venda de automoveis electricos). Isso signicaria que a cada ano que passe o seu automovel seria considerado cada vez mais poluidor.
Isto vai fazer cair a pique o valor residual dos automoveis e, além de colocar mais um prego no caixão do mercado de usados, um grande número de automoveis em perfeito estado de circulação vão acabar na sucata.
Claro que a desculpa da proteção ambiental é a base para este imposto, mas é na verdade treta - é acima de tudo uma forma de forçar a venda de automoveis novos sem que o estado tenha que dar ajudas ao abate. Se contabilizarem o custo ambiental de abater o veiculo e o de produzir um automovel novo para substituir o antigo rapidamente se conclui que não há qualquer vantagem ambiental.
Basicamente os estados preparam-se para um incentivo à industria automovel sem ter que gastar um centavo. Eles, porque nós vamos...
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