Sergio Marchionne tem dito aos 7 ventos (e com alguma rezão) que a unica forma de salvar a industria automóvel na Europa é por um corte de capacidade produtiva coordenado a nível europeu.
Até agora os vários construtores tinham concordado em cada um tomar as suas decisões sobre encerramentos, mas Marchionne agora fala da necessidade de um esforço concertado - "I am concerned that if we don't find a collective will to resolve this at a European level this is going to become a permanent crisis."
O que faz sentido, principalmente porque leis de anti-concorrência na Europa proíbem os Estados de salvar um empresa diretamente.
O que soa um pouco extremo é o que Marchionne disse aseguir, que quer que a Europa suspenda os acordos de livre comercio recentemente assinados com a Coreia, já que segundo a ACEA o número de automóveis importados da Coreia subiu 53% e as exportações para a Coreia caíram 4% e esta céptica sobre assinar acordo semelhante com o Japão. Já um acordo semelhante com os EUA ajudaria a Fiat mas não os restantes construtores europeus em apuros.
Sobre o número de importações duvido que seja assim tanto, já que os construtores coreanos já produzem na Europa, mas mesmo assim faz algum sentido - fazer a reorganização/cortes na capacidade produtiva antes de abrir o mercado. Só tenho um problema com esta teoria - é que se trata de mudar as regras do jogo conforme as vontades do momento. É que este acordo estava previsto à muito e os construtores é que não souberam planear para os bons e maus momentos e agora que chegou um desses momentos vamos mudar as regras? Havia de ser bonito...
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