O grupo de pressão ambientalista (também conhecidos por Lobies) Transport and Environment publicou os resultados do seu estudo anual dos mercados e construtores automóveis. A conclusão global é que os automóveis vendidos em 2010 tornaram o parque automóvel 4% mais eficiente em termos de emissões directas de CO2.
Directas, ou seja, este estudo apenas focou o que sai do cano de escape - não analisaram se produzir um determinado tipo de automóvel é mais ou menos poluidor.
Assim sendo, o estudo conclui que:
- a industria automóvel reduziu as suas emissões de CO2 médias em 3.7% relativamente ao ano passado estando agora nos 140 g/km;
- os 8 principais construtores europeus (em vendas) reduziram as suas emissões de CO2 em média em 2%. A Volvo teve a maior redução em 9% (por ter eliminado todos os motores com mais de 4 cilindros) e a Mazda e Honda foram as únicas com aumento de emissões;
- os lideres da tabela mantêm-se inalterados com a Fiat a ter a gama menos poluente com uma média de 126 g/km com a Toyota, PSA e Renault por perto. A Daimler Mercedes continua a liderar o fim da tabela mas melhorou as suas emissões em 3%;
- a industria esta, em média, a 7% de cumprir o objectivo de 130 g/km para 2015, quando em 2011 estava a 11%;
Estudo completo e mais no site do grupo de pressão.
Concordo, que isto seja mais um lobie, pois só tem em conta as emissões na altura de utilização do produto e não todo o seu ciclo de vida.
Por acaso tive hipotese de me cruzar nas férias com um politico do parlamento europeu que me deu um ponto de vista de como funcionam todos estes lobies e devo confessar que me abriu os olhos a detalhes interessantes. A ver se nos proxinmos dias consigo sintetizar alguns dos pontos da nossa conversa.
Os lobies andam por todo lado, porque se privatiza a água em Portugal, porque uma grande empresa de água financia o FMI.
Aqui passa-se o mesmo, apostar em eléctricos, quem ganha com isso? Esquecemos que as baterias são bastante poluentes, são metais pesados e a sua retirada do meio tem um impacto forte na natureza. Para além de que a electrecidade que consumimos e da maioria dos países não é "verde", não tem muitos impactos e depois chegamos a cumulo que estar a desperdiçar energia, pois convertemos gás natural na melhor das hipóteses, quando não combustível, para converter em electricidade para o carro o que tem perdas maiores do que a refinação da gasolina que é um dos métodos mais eficientes que existe.
Não sou defensor do petróleo, mas sim dos híbridos com pequenas baterias, nada de amperas e aposto num futuro, hidrogénio mais electricidade