Episódio: Opel vendida ... quase!
Ao que parece, a Magna chegou a acordo com a General Motors para adquirir 55% da Opel/Vauxhall, em parceria com o Sberbank, isto segundo o co-CEO do Sberbank Siegfried Wolf.
E se a gerência da GM e o estado alemão não se entenderem, o mais provável, é que a decisão final sobre a venda da Opel seja tomada no chamado Opel Trust, que detém 65% das acções da Opel.
Mas a RHJ International também chegou a acordo com a GM para adquirir a Opel, ou seja, ambos conseguiram satisfazer a GM. É agora o Governo Alemão quem tem que escolher o vencedor, já que é o governo que vai dar a maior parte dos empréstimos para viabilizar a Opel.
Parece que a Magna alterou algumas das suas exigências para viabilizar o acordo no ultimo minuto para não perder a Opel à RHJ. De qualquer forma, trata-se de um pré-acordo que ainda vai passar pela direcção da GM na próxima semana mas em principio deve passar. Mas nunca se sabe, os Americanos sempre foram peritos em puxar o tapete no ultimo segundo.
A General Motors também já disse que não vai andar para trás e reabrir o concurso a mais interessados, falta agora "atar as pontas".
Em modo de resumo, Angela Merkel apoia (e deve ser o vencedor final) a oferta da Magna International, que confirmou estar em contacto permanente. A RHJ International continua a ser a preferida da General Motors já que é mais simples de implementar e não levantou problemas com acessos à tecnologia.
Mas a fotografia esteve muito negra na semana passada.
O problema na "frente Russa", é que a Magna tem como parceiro o banco russo Sberbank e os russos da GAZ. Ora um dos objectivos traçados pela Magna é atacar em força o mercado Russo, em que a Chevrolet (marca da GM) é a marca estrangeira mais vendida. Ora a venda da Opel aos Russos da Gaz significaria que a Chevrolet iria ter concorrência com a sua própria tecnologia.
E chegamos a falar de um pré-acordo entre a GM e os chineses da Beijing Automotive Industry Holding (BAIC), que pelos vistos também desistiu da corrida à Opel. A razão parece a mesma da Magna - propriedade de tecnologia da Opel que a GM não quer perder. Os sindicatos também já agitam as bandeiras - eles também trazem muito dinheiro para a Opel e ameaçam retirar o seu apoio e fundos se não os deixarem participar na escolha de quem vai ficar com a Opel e Vauxhall. Ameaçam também boicotar qualquer esforço de cortar nas despesas.
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