"Quercus" ou "Quer Cus"

Antes que se ponham a comentar o mau gosto do titulo, garanto-vos que quando acabarem de ler este post vão concordar comigo em que a organização ambientalista desenvolveu um certo gosto em fornicar os portugueses, mais particularmente, os portugueses que moram na margem do sul do Tejo e que precisam de atravessar o Rio Tejo para trabalharem.
Como sabem, graças a Comissão Europeia a taxa de IVA cobrado nas travessias do Rio Tejo passou de 5% para 20%, mas o Estado negociou com as concessionarias para que o valor da portagem fica-se o mesmo depois da mudança do IVA - traduzindo, é o orçamento do estado (sim, os nossos impostos) a pagar o aumento.
Mas sejamos sinceros, os nossos impostos são gastos a salvar bancos de problemas que eles próprios criaram e não vejo a Quercus chateada com isso; ao menos temos os nossos impostos a facilitar a vida de pessoas que migraram para outro local para poderem viver melhor e que se levantam todos os dias para trabalharem e levarem os seus filhos à escola, para contribuírem para o Produto Interno Bruto do pais.
Mas os ambientalistas exigem (eles "exigem", "pedir" está fora de questão) que o aumento se realize e que o dinheiro pago pelos condutores que tem trabalhos a sério seja investido em comboios...
Aparentemente, os ambientalistas ainda não perceberam que os transportes públicos não funcionam e que é por falta de escolha que recorremos ao automóvel. Ainda no outro dia comprei um frigorífico, e infelizmente não havia nenhum comboio de onde e para onde ia - fui de carro.

E ao invés de focarem o seu extenso tempo livre em chatear autarquias e governo para que melhorem os transportes públicos, eles acham que a melhor forma de nos tirar do carro é fornicar o condutor até que ele não se possa sentar ao volante. Alguém acha isso uma boa ideia?

5 comentários:

  • Mário Silva says:
    16 de novembro de 2008 às 17:49

    Boas,

    Turbo Lento, desculpa, mas eu concordo com a proposta da quercus. Penso que se deve trabalhar cada vez mais para minimizar a "carro-dependência" que se vive em Lisboa, e parece-me que o que eles propõem é muito razoável.

  • Turbo-lento says:
    16 de novembro de 2008 às 18:33

    Não sou contra isso - mas sou contra a abordagem da Quer_cus (e das autarquias). Não podemos reduzir a dependencia lixando ao maximo o condutor ate que ele não tenha escolha - temos que ter transpostes que funcionem e de qualidade. E ouvindo os senhores da Quer_cus, ficamos com a ideia que os Lisboetas fazem-se à estrada todos os dias não porque não têm escolha mas por lá no fundo são pessoas irritantes e gostam de chatear os outros criando grandes engarrafamentos.

  • Mário Silva says:
    16 de novembro de 2008 às 19:36

    Por um lado tens razão.. Já deviam haver os meios (os tais parques de estacionamento, mais comboios com maior frequência), no entanto não existem, e para existirem é preciso dinheiro. Basicamente, é essa a proposta da Quercus, não baixar os preços das portagens, para que com esse dinheiro se criem infrastruturas que permitam reduzir a tal "carro-dependencia". Está tudo na visão a longo prazo :)

    Por outro lado, tem é de haver um compromisso.. do estilo "aumentamos o preço das portagens, mas comprometemo-nos a criar meios alternativos (e mais baratos) ao uso do automóvel".

  • Turbo-lento says:
    16 de novembro de 2008 às 19:41

    Isso significa confiar nos políticos...
    Diga lá, sinceramente, acredita neles?

  • Mário Silva says:
    16 de novembro de 2008 às 21:46

    lol.. não me trates por você.

    Não os podemos condenar por uma coisa que ainda eles ainda nem fizeram. E claro, aqui já estamos a entrar no campo da suposição: "achas que eles vão cumprir?".. não sabemos.

    O que penso é que a ideia, a ser cumprida como eles dizem, é uma boa ideia.