Antes que se ponham a comentar o mau gosto do titulo, garanto-vos que quando acabarem de ler este post vão concordar comigo em que a organização ambientalista desenvolveu um certo gosto em fornicar os portugueses, mais particularmente, os portugueses que moram na margem do sul do Tejo e que precisam de atravessar o Rio Tejo para trabalharem.
Como sabem, graças a Comissão Europeia a taxa de IVA cobrado nas travessias do Rio Tejo passou de 5% para 20%, mas o Estado negociou com as concessionarias para que o valor da portagem fica-se o mesmo depois da mudança do IVA - traduzindo, é o orçamento do estado (sim, os nossos impostos) a pagar o aumento.
Mas sejamos sinceros, os nossos impostos são gastos a salvar bancos de problemas que eles próprios criaram e não vejo a Quercus chateada com isso; ao menos temos os nossos impostos a facilitar a vida de pessoas que migraram para outro local para poderem viver melhor e que se levantam todos os dias para trabalharem e levarem os seus filhos à escola, para contribuírem para o Produto Interno Bruto do pais.
Mas os ambientalistas exigem (eles "exigem", "pedir" está fora de questão) que o aumento se realize e que o dinheiro pago pelos condutores que tem trabalhos a sério seja investido em comboios...
Aparentemente, os ambientalistas ainda não perceberam que os transportes públicos não funcionam e que é por falta de escolha que recorremos ao automóvel. Ainda no outro dia comprei um frigorífico, e infelizmente não havia nenhum comboio de onde e para onde ia - fui de carro.
E ao invés de focarem o seu extenso tempo livre em chatear autarquias e governo para que melhorem os transportes públicos, eles acham que a melhor forma de nos tirar do carro é fornicar o condutor até que ele não se possa sentar ao volante. Alguém acha isso uma boa ideia?
Boas,
Turbo Lento, desculpa, mas eu concordo com a proposta da quercus. Penso que se deve trabalhar cada vez mais para minimizar a "carro-dependência" que se vive em Lisboa, e parece-me que o que eles propõem é muito razoável.
Não sou contra isso - mas sou contra a abordagem da Quer_cus (e das autarquias). Não podemos reduzir a dependencia lixando ao maximo o condutor ate que ele não tenha escolha - temos que ter transpostes que funcionem e de qualidade. E ouvindo os senhores da Quer_cus, ficamos com a ideia que os Lisboetas fazem-se à estrada todos os dias não porque não têm escolha mas por lá no fundo são pessoas irritantes e gostam de chatear os outros criando grandes engarrafamentos.
Por um lado tens razão.. Já deviam haver os meios (os tais parques de estacionamento, mais comboios com maior frequência), no entanto não existem, e para existirem é preciso dinheiro. Basicamente, é essa a proposta da Quercus, não baixar os preços das portagens, para que com esse dinheiro se criem infrastruturas que permitam reduzir a tal "carro-dependencia". Está tudo na visão a longo prazo :)
Por outro lado, tem é de haver um compromisso.. do estilo "aumentamos o preço das portagens, mas comprometemo-nos a criar meios alternativos (e mais baratos) ao uso do automóvel".
Isso significa confiar nos políticos...
Diga lá, sinceramente, acredita neles?
lol.. não me trates por você.
Não os podemos condenar por uma coisa que ainda eles ainda nem fizeram. E claro, aqui já estamos a entrar no campo da suposição: "achas que eles vão cumprir?".. não sabemos.
O que penso é que a ideia, a ser cumprida como eles dizem, é uma boa ideia.