GMSwitchGate - ultimas novidades

E o que aconteceu recentemente na nova novela do mundo automóvel - o GMSwitchGate? Bastante, e ao mesmo tempo absolutamente nada.
 
Um documento da Delphi Automotive de Maio de 2006 recentemente apresentado confirma que o engenheiro da GM Ray DeGiorgio concordou em redesenhar o sistema de ignição problemático sem mudar o número de identificação de peça. Ou seja, claramente além de mentir em tribunal agora percebe-se preto no branco porque é que o problema foi difícil de compreender: é que havia sistemas a funcionar correctamente e outros não, mas como tinham o mesmo número de componente ninguém percebeu que eram na verdade 2 componentes diferentes.
 
Segundo outros novos documentos, engenheiros da GM aperceberam-se (pelo menos apartir de) 4 de Outubro de 2012 que o interruptor da ignição estava a impedir que os airbags de serem activados. Nessa data uma equipa liderada pelo engenheiro da GM Jim Federico reuniu-se para discutir se era possível programar os airbags para estarem activos se a ignição estiver na posição de Acessórios (ativada mas motor desligado) e sobre aumentar a força necessária para rodar a ignição. No dia seguinte DeGiorgio apresenta os custos e refere que a melhor escolha é ir reparando os automóveis a medida que os clientes se queixarem e os trazerem às oficinas.
 
Apesar disso, a CEO Mary Barra não despediu os 2 engenheiros que pelos vistos criaram esta situação - apenas os suspendeu com salário pago. O 3º maior construtor automóvel está a atravessar uma crise de todo o tamanho e mandaram-nos em férias pagas forçadas?!
 
Há mais - a General Motors anunciou que o responsável de relações públicas estava de saída e anunciou um novo responsável de recursos humanos. A marca americana diz que não tem nada a haver com a actual situação, apenas a CEO a escolher a sua equipa. O que soa a uma forma de provar a determinação da GM em mudar - infelizmente não é bem assim. Barra pode estar a fazer apenas uma decisão de criar a sua equipa mas ao fazê-lo agora dá a ideia que estes estão a assumir as culpas. E se a vontade é separar a "velha GM" da "nova GM", porque é que foi buscar para novo responsável de recursos humanos um veterano da velha GM? A "nova GM" parece que percebeu que precisa de cortar completamente com o passado para voltar a ser credivel - mas todos sabem que proteger a empresa, significa protegerem-se uns aos outros. A GM está a virar-se para dentro, para velhas amizades e confianças de longos anos - não há nada de novo na "nova GM".
 
Mudança depende da liderança, difícil de atingir e fácil de esmagar - para já parece que nada acontece e apenas navegam a crise.
 
Mas não acabou - a GM está a recolher mais 2,19 milhões de unidades dos mesmos Chevrolet Cobalt, HHR, Saturn Ion, Sky, Pontiac G5 e Solstice para reparar outro problema que permite retirar as chaves da ignição mesmo quando esta está na posição de ligada. E falo nisso porque o Pontiac Solstice é o segundo Opel GT.
Somando tudo, a GM já conta com 6 recolhas envolvendo 4,3 milhões de automóveis e preve que o custo ultrapasse os 1,3 mil milhões de dólares - se bem que o Wall Street Journal fala que deve chegar aos 3,5 mil milhões. Isto sem falar claro na possibilidade de alguêm dar com os costados na cadeia.

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