Toyota, Mazda, Nissan e Honda recolhem airbags

O problema com as economias de escala - quando algo corre mal, corre muito mal. Exemplo claro disso a recente ordem de recolha mundial de 3,4 milhões de automóveis da Toyota, Nissan e Honda devido a airbags defeituosos fornecidos pela empresa Takata Corp. A Toyota esta a recolher 1,73 milhões de automoveis produzidos entre Novembro 2000 e Março de 2004 (destes 490.000 estão na Europa), a Honda esta a recolher 1,14 milhões de unidades (64.000 na Europa), a Nissan 480.000 unidades e a Mazda 45.463 unidades.

Curiosamente já não é a primeira vez que oiço o nome da Takata associado com problemas - em 2012 a Honda recolheu pouco mais de 427 mil automóveis devido a problemas com airbags da Takata. Mas há outros clientes a quem a Takata entregou airbags defeituosos mas recusou identificá-los - isto porque no Japão e EUA estas acções são publicas enquanto na Europa ainda não há legislação que o obrigue. Mas na lista de clientes da Takata está a Ford e Daimler\Mercedes portanto fique atento à sua caixa de correio. 

Pelos vistos alguns airbags instalados no passageiro dianteiro podem, em caso de acidente, não encher completamente ou incendiar-se devido a um problema com a substancia que enche o airbag.

Regularmente abordamos aqui no 4R1V estas noticias, mas esta recolha estava noticiada por todo o lado normalmente associada a textos alarmistas e negativos quando é o oposto. Temos construtores a preocuparem-se e a vigiar a qualidade dos seus produtos ao longo do tempo e a tomarem as suas responsabilidades - não a fugir dos problemas e depois voltar como comentador politico na RTP a dizer que não teve culpa nenhuma.

Os componentes automóveis são desenvolvidos com especificações muito exigentes e testados à exaustão - e normalmente o problema é quase sempre humano. Neste caso, o que aconteceu foram 2 erros humanos durante a produção - um trabalhador esqueceu-se de activar um sistema que detectava produtos defeituosos e um erro no armazenamento de componentes fez com estes fossem expostos a humidade. É também um sinal dos tempos - com a guerra de preços os construtores dependem cada vez mais de uma mão cheia de fornecedores e quando algo corre mal num destes fornecedores o impacto é grande. Agora percebe-se porque é a Volkswagen andou anos a testar a plataforma MQB antes de a pôr no mercado.

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