Renault e Caterham confirmam renascer da Alpine em 2015 ou 2016

A Renault e Caterham confirmaram os rumores que vão desenvolver em conjunto os novos Alpine.

O primeiro modelo será inspirado no Alpine 110 e será um 2 lugares com chassis de alumínio tração traseira e custará entre 35.000 a 40.000 euros. Sob o que se pode vir a instalar debaixo do capot nada se sabe mas Carlos Tavares já antes falou em cerca de 250 cavalos e baixo peso (entre 1200 a 1300 quilos). Ou seja, não será nada parecido com o recente concept A110-50 e estamos a falar de automóveis como o Alfa Romeo 4C ou Toyota GT 86 ou o Lotus Elise.

Para este fim criaram a Societe des Automobiles Alpine Caterham (SAAC) em que cada um tem 50% e a construção será feita na fábrica da Renault em Dieppe onde já são fabricados os Renault mais desportivos. O chefe da Caterham Tony Fernandes disse que pretende produzir um automóvel com tecnologia da Formula 1 mas acessível.

Para os que não percebem esta decisão trata-se basicamente da Renault copiar algo que tem funcionado para outros construtores - recuperar velhos nomes para produzir automóveis com design "retro" a preço elevado - a Fiat tem o 500, a BMW tem a Mini e a Citroen tem se dado muito bem com os DS. E mesmo sendo automóveis de produção de baixo volume é uma forma de aumentar o valor da marca, tal como a Audi consegue com o TT ou R8 que aumentaram a popularidade global da marca.

A Renault pretende manter-se como uma marca de volume, manter a Dacia como marca low-cost, desenvolver a Alpine para os desportivos e teoricamente (uma vez que ainda não foi confirmada a luz verde) a Initiale Paris como marca de luxo.

Mas esta união com a Caterham, um pequeno construtor conhecido pelo seu Seven, não é unidirecional - a Caterham há muito tinha a pretensão de construir um desportivo mais moderno a médio prazo. Ao partilhar o desenvolvimento com a Renault consegue melhores economias de escala: ambos os construtores terão as suas versões deste 2 lugares com carroçarias diferentes. Mas o chefe da Caterham Tony Fernandes tem planos ainda maiores - o seu objectivo é ter uma gama completa com SUVs, citadinos e o que o mercado quiser. Algo que a Renault pode fornecer?

E então, com a chegada da Alpine, como fica a Gordini e a Renaultsport? Segundo o COO da Renault Carlos Tavares a Gordini será mais orientada para a performance e pista ficando acima dos atuais Renaultsport. Ou seja, os modelos Renaultsport vão ser desportivos, enquanto os Gordini vão mais longe - versões de estrada de automóveis de competição/pista. Só uma pergunta - quais automóveis de pista? É tirando os formula, a Renault tem os Megane Cup que protótipos impossíveis de legalizar e os troféus Clio mas para isso já há os Clio RS Cup...