Alterações dos pneus na F1

Este artigo é uma análise (pessoal) das alterações efectuadas na fórmula 1 ao nível dos pneus e que repercussões irão ter no desempenho dos monolugares.

Como os mais atentos à formula 1 deverão ter reparado, esta época os pneus serão slicks, algo que já não acontecia desde há umas boas épocas atrás, talvez umas 10 arriscom e a dizer, mas estas não são as únicas alterações, mas lá chegaremos. Ao optar-se por pneus slicks a eficácia dos pneus melhoraram bastante, não estando tão sujeitos ao conhecido granular e que retirava bastante tracção aos pneus e levava a Bridgestone a optar por outros materiais mais “duros” de forma a não granularem. Ao serem slicks, poder-se-á optar materiais que possibilitam pneus mais moles e consequentemente mais rápidos (aumento em relação à época anterior de cerca de 20% tracção nas curvas lentas), para além que a área em contacto com o asfalto será maior, logo teremos muito mais tracção com os novos pneus, estes ganharam muito mais preponderância nas capacidade gerais do monolugar.

A segunda alteração que acredito que irá ter bastante importância a nível de corrida e que não tem sido muito considerada é a abolição de mantas nos pneus, estas têm como finalidade aquecer os pneus que irão entrar em acção na pista. Caso não saibam, os pneus de F1 têm de aquecer para serem competitivos e explanarem todas as suas capacidades, e até agora, este aquecimento inicial era efectuado nas boxes com as ditas mantas térmicas. Ao abolirem essas mantas, o aquecimentos dos pneus terá que ser realizado em pista, nas duas ou três primeiras voltas e que resulta nos monolugares a executarem tempos piores nessas mesmas voltas. Acredito que com esta alteração poderemos ver um Force Índia a ser mais rápido que um Ferrari caso este tenha acabado de sair das boxes, o que irá ser bastante interessante de acompanhar. Esta alteração irá possibilitar a existência de muito mais ritmos de andamentos no mesmo monolugar.

Terceira e ultima alteração serão os tipos de pneus, até agora existiam 3 tipos de pneus: duros, médios e moles sendo que a “moleza” de cada um está directamente relacionado com a eficácia destes. Até agora eram levados 2 tipos de pneus para cada corrida e escolhiam entre mole, médio e duro conforme o tipo de circuito, era igualmente obrigatório utilizar durante a corrida ambos os tipos de pneus. Esta época serão 4 os tipos de pneus, imaginemos: A, B, C e D, sendo que o A será o pneu mais duro e D o mais mole e este ano terão igualmente de levar 2 tipos de pneus para a corrida e utilizar ambos mas com a diferença que serão alternados, ou seja para um dado circuito levarão ou o binómio A e C ou então B e D, o que conduzirá a uma maior diferença entre os dois tipos de pneus no tipo de andamento dos monolugares em pistas.

No geral podemos reparar que irão existir factores a fazer a diferença entre os andamentos de cada monolugar na pista, são estes caso os pneus se encontram quentes ou frios e que tipo de composto estão a utilizar num dado momento da corrida, e isto refletir-se-à bastante na capacidade do monolugar de curvar mais rápido assim como travar mais tarde.
Nota: Para identificarem durante a corrida qual o pneu que se encontra monolugar, o mais duro ou o mais mole, o mais mole estará identificado através de uma faixa verde na parede lateral do pneu.