Momento "Sergio Marchionne" do dia

Pelos vistos o CEO da Fiat Sergio Marchionne continua no seu momento Dom Quixote à procura dos moinhos Volkswagen - no inicio de Outubro foi propor à Peugeot uma aliança, com a Opel à mistura, que ultrapassaria a Volkwagen na Europa.
Marchionne procura um parceiro europeu que o ajude "a sair" dos mercados em queda em que está bloqueado e juntar-se a recente aliança PSA-GM poderia ser o remédio - juntos representariam 25% das vendas no mercado Europeu.

Mas a PSA não parece muito para aí virada, preferindo manter os seus planos com a GM - partilha de custos de desenvolvimento e compras, e prosseguir com a sua reestruturação de pessoal antes de considerar qualquer aliança mais abrangente. É compreensivel o hesitar da Peugeot já que a Fiat não trás muitas vantagens - a marca italiana tem forte presença apenas em mercados deprimidos (França, Italia, Espanha e Portugal) e não trás qualquer vantagem tecnológica. Já a GM tem uma presença global e muita tecnologia avançada desenvolvida.
Claro que entre confiar em Italianos ou Americanos para cumprir promessas venha o Diabo e escolha mas enfim...

E enquanto persegue os seus moinhos alemães, Sergio Marchionne continua os seus planos de unificar a Fiat e Chrysler até 2015, com Marchionne como CEO claro. Antes de avançar na compra dos restantes 41.5% da Chrysler (estão nas mãos da United Auto Workers) quer "resolver a situação europeia" - actualmente a Fiat não tem meios para comprar esta percentagem de uma vez, a menos que algo extraordinário aconteça". A Fiat detem actualmente 58.5% da Chrysler e para já propõem-se a adquirir 3.3% a cada 6 meses conforme permitido no plano de recuperação da falência em 2009 até mais 16.58% da Chrysler. Mas também esse plano esta a correr mal porque a tal United Auto Workers recusou-se a vender os 3.3% de Julho porque não aceita o preço da Fiat - leia-se, receberam as acções à borla e agora que a Chrysler esta a bater recordes de vendas querem mais. Este assunto está em tribunal mas a Fiat já disse que em Janeiro vai proceder, conforme permitido pelo acordo, requerer a venda de mais 3,3%.

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