Renault apertada nas emissões

A Renault poderá estar em breve em sarilhos - a agência de protecção contra fraudes francesa DGCCRF entregou à procuradoria um dossier relativo a como os motores da Renault possam ter quebrado legislação relativa a emissões automóveis. Agora vão ser os juízes da procuradoria a decidir se há ou não caso para seguir para tribunal.
Ou seja, a Renault poderá ser juntamente com a Volkswagen as 2 únicas marcas acusadas criminalmente em todo este embroglio do dieselgate. E de onde vem tudo isto?

Se se recordam quando o dieselgate explodiu em toda a sua magnificência o governo francês chamou uma série de construtores automóveis a um painel técnico criado para investigar as emissões automóveis e se havia mais casos de fraude. No caso especifico da Renault, que teve rusgas nas suas instalações e tudo, foi que se descobriu que nos seus motores turbo-diesel mais potentes que a recirculação de escape (para reduzir os óxidos de azoto) estava a entupir turbos por isso a EGR era desligada quando a temperatura estava entre os 17 e 35ºC. O motor passava nos testes de emissões mas na estrada emitia muito mais poluentes. 

Isto aproveitando aquilo que se chama a "janela térmica", a possibilidade legal de desligar os sistemas de controlo ambiental em certas condições para proteger o motor. Que segundo a comissão investigadora, muitos construtores estão a usar para não terem que gastar dinheiro no desenvolvimento dos motores.

Uma coisa é certa, este tema da "janela térmica/thermal window" ainda dará pano para mangas. Como também disse acima, outros construtores também foram investigados pela comissão técnica e pela DGCCRF portanto ainda poderemos ter outros construtores a juntarem-se à Renault.

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