Ponto de situação Dieselgate: 23-01-2016

O dieselgate continua a desenrolar-se que nem uma telenovela, se bem que mais interessante que as portuguesas. E sempre sem tretas, conservantes ou adoçantes acrescentados.

Volkswagen diz não ao pedido de compensação para a Europa
A Volkswagen respondeu ao pedido da comissão europeia e de Elzbieta Bienkowska para que os consumidores europeus fossem compensados da mesma forma que os americanos - e a resposta (previsível) foi não. A marca alemã diz que estava a pagar uma compensação nos EUA (valor total 1.000 dólares por proprietário) porque ainda não chegou a acordo com os reguladores sobre como consertar os automóveis afectados pelo dieselgate fazendo esses compradores esperar mais que todos os outros.
Também há outra razão - quem aceitar a tal compensação nos EUA não pode processar a VW e como todos sabemos nos EUA quase se vive de processar o vizinho.


Volkswagen com os accionistas à perna
Accionistas grandes e pequenos preparam-se para processar a Volkswagen pelo dieselgate que basicamente arrasou com cerca de um terço do valor das acções em bolsa desde o inicio do escândalo - estes accionistas querem agora ser compensados. O maior "jogador" neste campo parece ser a firma de advogados Nieding e Barth que diz estar a ultimar um caso em nome de 66 investidores institucionais ingleses e americanos pedindo vários milhões em compensação. Ou seja, a Volkswagen já está conta com uma guerra legal de várias frentes com proprietários e governo norte-americano de um lado, vários países europeus do outro e agora os investidores começam a pegar em forquilhas também.


Mercedes e Opel chegam-se à frente em França
Denis Baupin, um membro do parlamento francês e da comissão disse que a Mercedes e Opel vão prestar declarações no dia 28 de Janeiro.


Carlos Ghosn fala
O CEO da Renault Carlos Ghosn disse que os legisladores tem que rapidamente e claramente definir regras e procedimentos para controlo das emissões automóveis. Goshn também se dirigiu à comissão que investiga as emissões em França dizendo que "medições de veículos em uso diário são sempre múltiplas vezes maiores que as em laboratório e que as "emissões em condução real ainda não estão reguladas". Disse também que não há qualquer batota por parte da Renault e que todas as normas estão a ser respeitadas pelo construtor francês. Ou seja, sim o resultados em laboratório não tem nada a ver com a realidade e que os testes que a comissão francesa fez não tem qualquer valor vinculativo ou legal.

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